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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

CPI da Exploração Sexual: casos sem punições, processo rumoroso envolve o governador do Amazonas.


Passo a transcrever na integra a reportagem veiculada no jornal O Globo, datado de 23 de agosto de 2010, segunda-feira, matéria escrita pelos jornalistas Demétrio Weber e Sérgio Marques tem como chamada “CPI da Exploração Sexual: casos sem pinicões” enfatiza que o processo mais rumoroso envolve o governador do Amazonas. Diz que seis anos após o encerramento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da exploração sexual, três casos rumorosos investigados pelo Congresso em 2004 ainda não foram divulgados, terminaram em absolvição ou acabaram descartados pelo Ministério Público. O de maior destaque envolve a suspeita de o governador do Amazonas e candidato a reeleição, Omar Aziz (PMN), tenha feito programa com uma jovem de 15 anos, em 2003, quando era vice-governador. Ele nega.
A acusação contra Aziz, vice-governador na época do escândalo tem origem em um inquérito da Policia Civil sobre a atuação de duas cafetinas, em Manaus.
Em depoimento a policia, disse que tivera um encontro com um homem chamado Omar. O caso virou um escândalo político, mas na justiça não foi longe. Em 2005, o MP descartou a participação de Aziz sem sequer interrogá-lo. E a investigação prosseguiu com focos de outros personagens.
O promotor João Lucio de Almeida Ferreira excluiu Aziz da investigação com base somente em depoimento da jovem a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Amazonas. Na ocasião, ela voltou atrás e desmentiu o que sugerirá no depoimento á policia, a CPI do Congresso e a revista “Época”, na qual narrou detalhes do encontro, afirmando que se tratava do vice-governador.
A CPI estadual foi criada em 2004, a pedido de Aziz, depois que o caso veio a público no Congresso em Brasilia. Duas fotos do vice-governador foram mostradas a garota. Ela negou que fosse ele o homem que quem recebera RS 150 para fazer um programa no segundo andar de uma loja de material de construção, em Manaus- o imóvel pertencia a um irmão de Aziz.
A CPI, não ouviu o vice-governador, o irmão e nem a delegada que investigou o caso. Para o promotor, porém, bastou: “Afastada está noticiada suspeita de participação do vice-governador Omar Aziz no delito”, escreveu João Lucio. À CPI, a garota negou até que tivesse concedido a entrevista á Época. Porém, posteriormente a adolescente admitiu ter mentido sobre isso. Interrogada pela Policia Federal, numa eventual tentativa de extorsão contra Aziz, na eleição de 2008, ela confirmou na entrevista.
Ela disse que deu a entrevista em um shopping no Rio Grande do Sul. Mas que a mãe não havia autorizado, por ela ser de menor. Para mim, é um fato superado – diz Lino Chixaro, advogado de Aziz.
Hoje a jovem, maior de idade, e casada e tem filhos. O GLOBO entrou em contato com a mãe dela, que não quis dar entrevista. Mas, indagada sobre os desmentidos da CPI, ela disse apenas que a filha pode esclarecer o fato. Confirmou a entrevista a “Época” e acrescentou.
Nós não nos vendemos. O nome de Aziz acabou retirado do relatório final da CPI do Congresso, em votação apertada: 8 a 7. A mobilização em favor do então vice-governador foi liderada pelo senador Arthur Virgilio Neto (PSDB). O inquérito no qual Aziz e citado teve continuidade. Uma das investigadas foi Darcley Cristina Dias Macedo, apontada pela CPI, como cafetina que prestava serviços para políticos e empresários do Amazonas. Ela nega. O processo com inquérito desapareceu do Fórum Enock Reis, em Manaus. O ultimo movimento registrado foi em 2008. Não está claro se houve denuncia do MP.
A denuncia de Aziz virou assunto na atual campanha, como já ocorrera em 2008, quando disputou e perdeu a Prefeitura. Cartazes apócrifos chamam o governador de pedófilo.

A opinião deste blogueiro, que este processo tem que chegar ao final, caso fique comprovada a culpabilidade do Omar, que ele seja punido exemplarmente até com a perda de mandato, sendo inocentado que os meios de comunicação divulguem como forma de reparar os danos causados ao Governador. O que me deixa surpreso é que a mídia local não deu sequer uma linha a respeito do fato contido nesta matéria, veiculada no jornal O Globo, será que há alguma coisa de tão grave que tenha que ser escondido da sociedade?