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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Manaus vai parar – Te meche, Amazonino.

Passageiros levam vida de gado

Quem viu o filme 300, lembra daquela famosa cena dos soldados caindo no abismo, forçados pelas circunstâncias do aperto do inimigo determinado a exterminar os adversários, cena igual está acontecendo com o transporte coletivo e o trânsito em Manaus. E ninguém faz nada, nem governo, prefeitura, alguns vereadores se manifestam de forma tímida para defender o povo que é transportado em ônibus apertado feito sardinha em lata, o resto fica do jeito que o diabo gosta, desorganizado. Parece que o povo não representa nada para essa turma do faz de conta, confirmando aquilo que os entendidos geopolíticos enfatizam sobre nós do terceiro mundo porque o Estado é ausente. Nada funciona a contento. Não temos segurança, educação, saúde, transporte, etc. Aliás, o que acontece aqui, acontece exatamente nas republiquetas africanas. O povo de Manaus está quase caindo no abismo do caos municipal.

Ditadura disfarçada, as instituições fracassaram. E o povo, coitado, continua a ver navios e, o que é pior, nós contribuintes, pagamos o pato e o salário desses políticos castrados moral e ideologicamente. Arre égua!

Prefeito Amazonino, do jeito que vai, sua reeleição está indo por água abaixo. Faça alguma coisa, saia do seu carrão. A sugestão que faço é que pegue um ônibus na Cidade Nova, no sentido bairro/centro, de preferência no horário de 6 horas da manhã, ou durante o retorno dos trabalhadores e estudantes - a partir das 17 horas - para ver como a coisa está preta. Com os terminais sempre superlotados os ônibus demoram uma eternidade para chegar, e o povo, como diria minha avó: “sofre mais que sovaco de aleijado”.

Faça isso ao menos a cada quinze dias, escolha um percurso para fazer e sinta na pele o que é ser usuário do transporte coletivo em Manaus, ao final chegará a uma conclusão inevitável de que o trabalhador está sofrendo. Faço também a sugestão que o Prefeito entre nos terminais de ônibus no horário do rush para ficar aterrorizado e atônito, principalmente quando os coletivos param nestes locais o povo amontoado corre de forma desesperada para entrar no veículo. É pior do que um estouro de boiada, com empurrões, pontapés, violência versus violência.

Prefeito, venha ver de perto o sofrimento do povo, e depois diga se eu não tenho razão. O povo manauara está sofrendo mais do que mulher obesa sem dinheiro, e super-suada ao sol do meio-dia, vendo na parada ao seu lado, uma mocinha magra chupando com avidez um delicioso picolé de buriti.

É. Assim está nossa gente, que ainda confia em uma solução vinda do prefeito de Manaus e espera pacientemente pelo melhor transporte coletivo, até quando eu não sei, porque a paciência do povo está chegando ao limite.

Agora preste atenção que vou lhe dar seis sugestões:

Dica 1 – Exija do Superintendente do SMTU e do presidente do IMTT, um Plano Diretor Estratégico, feito por profissionais competentes. Exija dos mesmos, um Projeto com configuração sistêmica. O setor não tem gestor, prefeito;

Dica 2- Um projeto a curto, médio e longo prazo. Um Plano Municipal de Reengenharia no Transporte Coletivo e Trânsito de Manaus;

Dica 3 – Crie a Agência Municipal de Transporte Coletivo – inicialmente 100 ônibus – preço da tarifa: R$ 2,00 a passagem, a agência será a reguladora dos preços, evitando assim que os tubarões na área de transportes continuem a ditar as regras. Temos que frisar que para o sucesso desta agência o senhor não poderá transformá-la em cabide de emprego senão o fracasso será eminente. E tem mais, nesses ônibus, somente serão transportados passageiros sentados, ninguém em pé; o ser humano tem que ser tratado como gente, em pé nunca, gente não é bicho, gente é gente, e o povo de Manaus é ordeiro e hospitaleiro e precisa ser tratado de maneira civilizada;

Dica 4- Incentive os empresários amazonenses a investir no transporte coletivo local, somente assim, com empresários locais, exterminaremos de uma vez por todas com essa máfia do transporte coletivo que se instalou neste estado ao longo de tanto anos e que faz o nosso povo sofrer;

Dica 5 – Providencie a construção de uma passagem de nível na bola do Eldorado. Verifique in-loco o problema que com certeza chegará a conclusão de que construir esta obra será a solução para o engarrafamento que diariamente acontece na rua Recife e que se prolonga até o Terminal Rodoviário;

Dica 6 – Que tal interligar a rua Recife à Visconde de Porto Alegre, com certeza o engarrafamento que acontece diariamente na Major Gabriel será reduzido pela metade.

Por: Paulo Onofre Lopes de Castro

Jornalista (MTb 467)

A SAÚDE DO POVO DE MANAUS ESTÁ NA UTI.

Pacientes fazem filas quilométricas no posto de
saúde do bairro do Japiim para conseguir senha
de atendimento para uma consulta médica


Pretendendo obter uma consulta médica óbvia, uma senhora obesa, aparentado uns 42 anos de idade, trazendo à tiracolo uma daquelas embalagens duras de papelão, acomoda-se entre dezenas de pessoas que sob igual cama improvisada, dormem ao relento no hall de entrada do posto de saúde.

A cena, insalubre e desumana, se repete nos vários pontos de saúde de Manaus, demonstrando impropriamente, que nossa cidade, talvez, seja um dos últimos registros existenciais da Alemanha nazista de Hitler, quando os seres humanos eram estropiados pelo Estado e pelas instituições e ninguém fazia nada.

Acontece que esses obscuros incidentes, decorriam em tempos de guerra, e hoje estamos no século XXI e em tempos de paz.

É um absurdo, principalmente dos vereadores da nossa cidade, a inércia de suas atitudes como fiscais do município, nada fazerem em defesa do povo nesse sentido. E isso já acontece há décadas. Parece até que nos ocos edis, a vida da população e seus estigmas municipais não ressoa, e nem recebe solução alguma.

Tanta inércia política e alienação postular mostram que esses políticos enganadores e supérfluos, são meras andorinhas famélicas, preocupadas apenas em grasnar sobre assuntos epidérmicos, e jamais adentra no cerne das questões municipais, o que é função deles. Aliás, continuamos perguntando a eles e a quem de direito: será que eles sabem o que é municipalidade e atuam por ela? Ah! Sem medo de errar 80% dos ditos edis não sabem mesmo, nem são atores da Casa, pois se atuassem não deixariam os doentes de Manaus dormir no chão.

O prefeito tem culpa também. Ele já foi eleito várias vezes para dar soluções nesse sentido e nada fez. O cancro continua comendo a vida da nossa gente. O Amazonino é tão culpado quanto os vereadores (direita, esquerda ou centro não interessa a matiz ideológica). Quando foi prefeito o NEGÃO, como gosta de ser chamado pelos amigos mais próximos, no passado, construiu hospitais, postos de saúde, e quando foi Governador do Estado credito a ele o trabalho mais importante de sua administração a implantação da UEA, quando fez tornar realidade o sonho de vários jovens. Preguiçoso não diria que o prefeito é; mas já não tem a mesma garra de outrora. Talvez corroído pela idade, agravada pela doença, tendo como secretários e assessores, pessoas de capacidade duvidosa. Aí companheiro, o trabalho não aparece e, talvez lendo este artigo, ele saia de madrugada pelos postos de saúde afora neste capital, e comprove a nossa denúncia. Agora quanto aos vereadores de Manaus, em sua maioria são alienados e acéfalos, pois não fiscalizam nada. O povo, coitado, continuará dormindo em folha de papelão para tirar uma senha de consulta médica.

A Câmara Municipal de Manaus (CMM) já teve grandes oradores como Fábio Lucena, Jefferson Peres, Evandro Carreira e Mário Frota - este o último com mandato de vereador e remanescente de uma época em que se fazia política em nosso estado com seriedade. Como toda regra tem exceção, na Câmara não é diferente, como diria Ibraim Sued: “há uma meia dúzia de três ou quatro” que se sobressaem lutando pela população, os demais edis não sabem sequer o que é municipalidade.

Esqueceram que durante a campanha política prometeram defender a população, mas ao assumirem os mandatos a maioria correu em direção ao prefeito para perguntar como devem agir uma vez que estão ávidos para receber como contrapartida as beneses que o poder propicia àqueles que prometem atender rigorosamente as ordens emanadas pelo Poder Executivo. Quem os elegeu, a partir deste momento, passa a ser apenas um detalhe que será deixado de lado ao longo de seu mandato.

O importante para eles é ser amigo do ‘rei’ e estar ao lado do ‘rei’, próximo do queijo, mesmo que não saibam o que significa Roquefort. Neste momento o importante é comer o queijo do povo com avidez, ah, isso eles passam fazer com mestria, muitos deles mudam de bairro passam a residir em condomínios fechados numa clara demonstração de alienação política acreditam que seus mandatos serão eternos, esquecendo que a cada quatro anos haverá uma nova eleição e aí será quando estes edis serão julgados.

Por: Paulo Onofre Lopes de Castro

Jornalista (MTb 467)

Foto: www.d24am.com