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segunda-feira, 4 de abril de 2011

PENITENCIÁRIA RAIMUNDO VIDAL PESSOA “A UNIVERSIDADE DO CRIME”

A Penitenciária projetada para 180 detentos, hoje abriga 980 condenados.

Relembrando um dos maiores filmes de Hollywood de todos os tempos, “Um Sonho de Liberdade”, estrelado por Tim Robins e Morgan Freeman, indicado e ganhador de vários Oscars, quando o personagem principal, mesmo sendo inocente, é condenado a 15 anos de cadeia. Nesse espaço de tempo o preso pratica uma verdadeira revolução dentro da penitenciária do filme, denunciando maus tratos e mostrando os direitos dos detentos. É uma ação dessas que vislumbramos também para a nossa velha penitenciária Vidal Pessoa e para todo o sistema carcerário do Amazonas, que não é diferente do resto do país.

Estamos no século XXI, e a ação prisional é justamente focalizada no resgate pessoal do preso em retornar ao convívio da sociedade como cidadão de bons e novos sadios costumes.

A Penitenciária projetada para 180 detentos, hoje abriga 980 condenados. O sujeito que foi apenado pela prática de pequenos delitos, ao adentrar naquele convívio bronco, composto por estupradores, traficantes, latrocidas e outros desajustados, ao término de sua pena depois de passar alguns anos na “Universidade do Crime”, o detento sai doutor em práticas malignas, isto é, entra ruim e sai péssimo.

O que é pior, a sociedade é quem paga o pato, ou seja, cada detento custa para o estado - no caso o contribuinte - cerca de Cr$ 2.5000,00 (Dois Mil e Quinhentos Reais) por mês, incluindo roupa, comida e cama; um verdadeiro hotel “paradisíaco”, para aquelas pessoas conviverem com suas neuroses e vícios de toda ordem, pois vivem naquele local na total ociosidade, via de regra, sem qualquer atividade física ou intelectual.

Poderíamos criar centros de reabilitação social com práticas agrícolas e formação profissional, no sentido de resgatar o ser perdido que se encontra na alma de todo preso. Uma oportunidade de vida e liberdade para os detentos. Eles produziriam em parte seus alimentos, e ainda participariam dos lucros do Centro Produtor Agrícola, gerando benefícios e ganhando salário pelo trabalho realizado nesse Centro, sem contar que passariam a ter direito remissão da pena.

Vislumbro também que e a Secretaria de Estado de Justiça de Direitos Humanos, viabilize uma parceria com as indústrias do Pólo Industrial de Manaus (PIM), com o objetivo de verificar a possibilidade de as empresas montarem pequenas linhas de produção na área a ser determinada na Penitenciária, com isso seriam geradas renda para o detento que obviamente seria repassado para sua família, quanto ao empresário teria uma redução em seus custos de produção.

A sugestão que faço, quando for desativada a Penitenciária Vidal Pessoa é que se transforme o prédio, em Centro Cultural Integrado, com salão de exposições, biblioteca, videoteca, sala de música, teatro de arena, e salas para vários cursos de formação profissional, inclusive informática e línguas, visando qualificar nossos jovens para a Copa de 2014.

Só assim os ossos do saudoso Vidal Pessoa descansarão em paz, quando o macabro casarão da Avenida Sete de setembro, proclamará a sua independência factual, Libertas Que Será Tamem.

Por: Paulo Onofre Lopes de Castro

Jornalista (MTb 467)

Militante Político e Social