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terça-feira, 26 de abril de 2011

Lago de Balbina, ficando obsoleto, poderá ser reflorestado.

Balbina seria, portanto, uma atração internacional conhecida como a única hidroelétrica desativada no mundo com objetivo de resgatar o meio ambiente.


Com a emergente chegada do ‘Linhão de Tucuruí’ que vai cobrir toda a demanda energética da cidade de Manaus – com sobra de 30% do potencial e com a chegada do gás de Coari - a Hidroelétrica de Balbina será transformada num ‘elefante branco’, sem utilidade vital, justamente porque o ‘Linhão’ acabará de vez com o desgastante constrangimento dos apagões que tem acarretado prejuízos enormes para os moradores e indústrias de Manaus.

E como ficará a Hidroelétrica de Balbina que para construí-la foi necessário alagar uma gigantesca área, maior que o lago da Hidroelétrica de Tucurui? Hoje Balbina atende apenas 20% da energia consumida em Manaus e a sua construção causou um prejuízo biológico que ceifou a vida de trilhões de micro-seres e milhões de animais, que faziam da floresta a sua verde casa.

O certo é que teremos um problemão nas mãos para resolver e temos que ter uma solução racional evidente para equacionar o problema de uma hidroelétrica mal planejada construída em uma planície e que sempre deixou a desejar, pelos resultados medianos.

Poderíamos transformar o Lago de Balbina, abrindo gradativamente as comportas, aproveitando a área para implantar um projeto de reflorestamento com cedro, mogno, maçaranduba, copaíba, andiroba, paricá, acácia mangium e outras, consorciando a cultura de várzea com melancia, jerimum, melão, mandioca, macaxeira, milho, etc.

Não esqueçam que podemos assim emitir as commodities de Crédito de Redução de Gases do Efeito Estufa, tão procurados nas bolsas mundiais. Poderíamos faturar milhões de dólares, por meio de uma ação de reengenharia de eco-desenvolvimento. Com essa grana, solucionaríamos parte dos problemas que afligem as áreas de saúde e educação em nosso estado, e ainda sobrariam alguns milhões de dólares para comprarmos tecnologia e avançarmos decisivamente como parceiro dos países do primeiro mundo. É bom lembrar que já superamos o PIB da Inglaterra e França, e somos a 5ª nação mais rica do planeta.

Com a desativação da Hidroelétrica de Balbina estaremos dando uma lição aos países ‘desenvolvidos’ que tanto apregoam a preservação do meio ambiente e que quase nada fazem, na prática, para proteger o equilíbrio do planeta.

Alguns incrédulos hão de me perguntar sobre a estrutura hoje existente no local e qual seria a sua destinação, respondo dizendo que as dependências da hidroelétrica seriam utilizadas para fins de visitação de turistas que procuram conhecer a Amazônia. Balbina seria, portanto, uma atração internacional conhecida como a única hidroelétrica desativada no mundo com objetivo de resgatar o meio ambiente. Com isso o turismo seria alavancado a passos largos no município de Presidente Figueiredo, conhecido como o Paraíso das Cachoeiras.

Divulgue a idéia, su mano, nós caboco, sabemo das coisa também’. Aliás, uma sopa de cabeça de piranha, turbina qualquer cérebro, para melhor. E além do mais, é melhor a gente criar peixe, do que ficar com um elefante branco nas mãos, que só sabe dar despesa. Pense nisso, meu povo. Alô mídia, cobra que não anda, não engole sapo. Discutam o assunto.

Por: Paulo Onofre Lopes de Castro

Jornalista (MTb 467)

Militante Político e Social