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sexta-feira, 3 de junho de 2011

Porque não aceitamos Amazonino

"Como é que nós perdoaríamos o Amazonino
pelo desserviço que está prestando a sociedade".
É possível mesmo numa junção esdrúxula, juntarmos Ataualpa e Pizarro, Putin e Kadhafi, ou numa hiper-realista produção híbrida reunirmos num mesmo palco, Frank Sinatra e o campeão de acessos da Internet, Lacraia, ambos saudosos artistas, cada um com seu público de milhões de pessoas. Tudo bem. Tudo é possível, até o conde Drácula se apresentar no Hermoan como doador de sangue.

Agora aceitar o Amazonino no PDT, não dá. De jeito nenhum, por mais que o prefeito de Manaus, puríssimo caboclo como todos nós amazonenses, não dá. Justamente porque o PDT é óleo de copaíba legítimo, e jamais haverá fusão de duas matérias antagônicas.

É preciso entender que nós pedetistas, sempre o combatemos de todas as formas legais e democráticas. Por isso agora aceitá-lo em nossas lides como um companheiro de luta torna-se um imbróglio impossível de engolir.

Será que Deus se sentaria ao lado de Satanás, mesmo sendo o Senhor da compaixão, e o perdoaria como se nada tivesse acontecido com a humanidade, simplesmente porque os evangelhos ensinam perdoar 70 setenta vezes 7, os nossos inimigos, e adversários do bem.

Ora, amigos, se Deus não consegue perdoar o Diabo, como é que nós perdoaríamos o Amazonino pelo desserviço que está prestando a sociedade Manauara, reconheçamos que em um passado recente ele foi líder do povo, e por isso eleito. O povo de Manaus até as últimas eleições confiava no velho político. Mas nós do PDT temos restrições quanto a forma de administrar o velho político. E estamos conversados.

Agora se o povo cansou de ser traído pelo líder, e em 2012 vai dar o troco que deu ao Serafim, que era honesto e transparente, segundo suas contas na Internet, aí é outra história.

Acontece, Manaus, que o PDT já tem seu candidato à prefeito, o ex-senador Jefferson Praia, professor universitário e economista, um cidadão filha limpa, como todo e bom amazonense varonil.
Paulo Onofre
Membro da Executiva do PDT/Am





ESTÃO VENDENDO O PDT


Stones Machado (ao centro) que queria dar uma pernada em Jefferson Praia (à direita) para nomear Dermilson Chagas no lugar de Alcino Vieira (à esquerda), para a Superintendência Regional do Trabalho (SRT).

Durante a coletiva de imprensa, realizada ontem (1º de junho), solicitada pelo ex-senador Jefferson Praia, presidente da Executiva Estadual do PDT/Am, foi desmentido o ingresso do prefeito Amazonino Mendes na agremiação pedetista. A coletiva tinha o objetivo de esclarecer noticiários que já davam como certa a filiação do prefeito.

Após o desmentido, Jefferson Praia anunciou que dos quinze membros da Executiva do PDT, doze eram desfavoráveis a filiação de Amazonino. No final da reunião foi franqueada a palavra a Dermilson Chagas – representante do grupo liderado por Stones Machado - que, dentre outras coisas afirmou de forma categórica que seu grupo era favorável a filiação do Prefeito.

Fiquei surpreendido com a posição do companheiro, pois num passado não muito distante (em 2010) esse grupo era indiscutivelmente contra o ingresso do velho político em nosso partido. Nessa época os motivos que esse grupo alegava estavam consubstanciados em fatos e bradavam em alto e bom tom, para quem quisesse ouvir, que o PDT não tinha condições de acolher um político retrógado, em final de carreira, cuja administração era um caos, sem contar que o prefeito respondia a mais de duzentos processos, conforme uma relação que tinham em mãos que, segundo eles, obtiveram pela Internet.

Hoje, para minha surpresa, esses dois companheiros querem entregar o partido a todo custo para o velho político. Então, fiquei a me perguntar o motivo desta mudança da água para o vinho. Será que este senhor, que administra nosso município, deu uma guinada de 360° o que fez com que os nossos companheiros mudassem de opinião ou eles foram iludidos pelo canto da sereia?

Para nós que tivemos Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Alberto Pasqualino e o saudoso Jefferson Peres como paradigmas de honradez é difícil aceitar esse insólito desfecho de ter Amazonino em nosso partido. Acredito que o Stones Machado esqueceu das lições emanadas por esses líderes pedetistas quando diziam que o PDT não aceita em suas fileiras políticos acusados de práticas ilícitas, e enfatizavam: “Vamos crescer de forma vagarosa, mas firme, tanto que para qualquer pessoa ingressar em nosso partido tem que passar por um crivo - uma forma que encontramos de inibirmos políticos malandros de se filiarem em nossa agremiação”.

O Dermilson, ao falar por meio da mídia que partido está abandonado no interior, demonstra que está com amnésia ou usando de má fé, pois em fevereiro de 2008, em reunião com o falecido senador Jeferson Peres, foi passada a incumbência para o Stones cuidar dos diretórios do interior, trabalho o qual me propus a ajudar. Fizemos então visitas a oito municípios, foi então que ele (o Dermilson) passou a participar das viagens, acompanhando-nos. Desde então o Dermilson e o Stones, ficaram responsáveis pela regularização das Comissões Provisórias do interior.

Nas últimas eleições o Dermilson foi candidato a deputado estadual e teve uma boa votação no interior, graças ao trabalho que foi feito para reorganizar o PDT, nos municípios.

Por outro lado, quando o Dermilson alega pela imprensa que não convidamos os vereadores e membros dos diretórios do interior para eventos do partido, ele volta a faltar com a verdade, esquecendo que em 2008 fizemos um encontro na Escola de Magistratura do Amazonas e, em 2009, realizamos outra reunião com os pedetista, desta vez no Hotel Taj Mahal, com a presença do ministro Carlos Luppi, presidente do partido. Somente para lembrar, estava previsto para fazermos um Seminário em maio do ano passado do qual participariam todos os membros das executivas do interior e o Dermilson sugeriu que não fizéssemos esse encontro uma vez que estávamos próximos da Convenção que escolheria o candidato que iríamos apoiar para o Governo do Estado.

A conclusão que chego é que o Stones, nosso velho militante pedetista, fundador do PDT no Amazonas, que no passado foi sindicalista e hoje é empresário, não absorveu as três derrotas que teve para o Jefferson Praia, e pensou lá com seus botões: “Vou dar uma pernada no Praia”. Então de forma maquiavélica arquitetou o plano e se aproximou do prefeito, assumindo o compromisso de viabilizar com a Executiva Nacional seu ingresso em nossa agremiação. O Stones já usou desta mesma artimanha para filiar um determinado político que foi rejeitado pela executiva do PDT/Am.

Com a entrada de Amazonino e a saída de Praia e Mário Frota do PDT, a presidência do partido fica com o caminho livre. “Assim terei mais chances de concretizar o meu sonho que é chegar à presidência do PDT”, pensou Stones. Mas pensou de forma errada porque, caso isso aconteça, o Amazonino vai levar o seu grupo para a agremiação, onde o Stones e o seu grupo não teria espaço. Ô rapaz tolo! É mais fácil trazerem de volta o Paulo D’Carli para a presidência do PDT. Olha mano, com eles, traidor é tratado na peia!

Por: Paulo Onofre

Jornalista (MTb 467)

Analista Político e Social

A DEVASTAÇÃO DAS NASCENTES EM IRANDUBA

Poluição dos rios, lagos e igarapés pode prejudicar o sítio arqueológico do município de Iranduba.
A construção de novas casas e o desmatamento contínuo em Iranduba, bem antes da construção da ponte sobre o rio Negro, está causando a poluição das nascentes dos igarapés e prejudicando a pesca no município. Para os moradores da cidade se as autoridades não encontrarem uma solução para o problema vai ficar difícil até mesmo criar peixe em cativeiro.

Esse problema ambiental seriíssimo tem que ser equacionado com urgência, pois com a evidência logística dessa obra, haverá naturalmente uma ‘corrida ao ouro’ provocada pela demanda imobiliária que será inevitável dentro do processo de desenvolvimento sem freios que o município vem sofrendo com a especulação antecipada.

Comparativamente, o bonde sem freios da poluição, passará também pelo perímetro urbano de Iranduba, provocando uma total desordem de euforias bizarras que o povo pacato dessa região metropolitana presenciará com perplexidade e sem soluções, pois até hoje o governo ou a iniciativa privada traçaram algum resultante de equilíbrio para a situação caótica que está acontecendo nesse município. A continuar assim Iranduba passará a ser uma mais uma cobaia municipal dos erros e vícios recentes que ocorreram em nossa capital.

É certo que inúmeros benefícios também virão para repontar no horizonte da vida municipal trazendo a claridade de um novo dia. Mas o progresso sempre traz nas axilas sudoríparas da sociedade muita coisa ruim e desagregadora como o mau cheiro das desumanidades: tráfico, tóxico, prostituição, pedofilia, roubo, assassinatos, corrupção..., dentre outras mazelas metropolitanas.

A Secretaria da Região Metropolitana de Manaus (SRMM) bem que poderia elaborar um estudo sócio-ambiental visando combater essa evidência loquaz por que passa o município dos sítios arqueológicos. Iranduba ainda é um espaço onde a poluição social e ambiental caminham a passos de tartaruga. Precisamos tomar providências para prevenir a possível devastação dos bons costumes do nosso povo, como também a preservação ambiental da florestal natural desse município produtor de pescado e produtos hortifrutigranjeiros. Do jeito que vai, a devastação poderá virar um ‘trem bala poluidor’ para atropelar o equilíbrio florestal da biota irandubense.

Iranduba não pode perder essa vocação produtora desde que sejam estabelecidas, preventivamente, premissas e diretrizes cabíveis com o desenvolvimento eco-florestal do município.

Acontece que os piscicultores já estão sofrendo na pele a poluição das nascentes fluviais, pois em água podre, nem bodó - que é o gari dos rios -, agüenta a inhaca de macaco prego que exala do sovaco surreal das nascentes poluídas. Vôte!

Por: Paulo Onofre

Jornalista (MTb 467)

Analista Político e Social