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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Estado do Tapajós – Nova vítima para os “Honoráveis Bandidos”.



Santarém será a sede da capital do novo estado do Tapajós

A corja de políticos profissionais está de olho gordo na criação do novo Estado de Tapajós. E correrão para o emergente irmão federativo, numa enlouquecida corrida ao ouro, isso me faz lembrar aqueles filmes de faroeste que costumava ver na matinê de domingo no saudoso Cine Naomy em minha terra natal, Óbidos.
Políticos da pior espécie irão de arribada para aquele estado como aves de rapina ou como abrutes em cima da carniça, já que em seus estados de origem as portas da política lhes foram fechadas em virtude das falcatruas engendradas por esses déspotas. Lá imaginam encontrar um campo fértil  para dar vazão a sua voracidade em dilapidar o erário público do estado que acaba de nascer. Não terão escrúpulos para se eleger, comprarão votos a preço de banana, ou ouro, como fez o maranhense José Sarney, presidente do senado e tema do livro “Honoráveis Bandidos”, que se elegeu senador pelo Estado do Amapá.
O povo corre sério risco de ficar a mercê dessa canalha de fisiologistas que sob o manto da lei, que deixa brecha e permite que corruptos se candidatem, muitos deles mudarão de domicilio eleitoral virão de outros estados para o Tapajós, trarão consigo uma alimária de péssimos costumes e práticas anômalas de política suja e desavergonhada, contumaz em enganar a consciência do povo, tripudiando sobre a miséria das massas populares.     
Ricos, esses bandidos de paletó fazem o diabo para se elegerem.  Acobertando-se com um mandato parlamentar, para não serem processados, e assim seguirem impunes, travestidos de autoridades. Você, amigo (a), caboclo como eu, paraense, que mesmo distante de sua terra não esqueceu suas origens conhecem vários meliantes dessa estirpe de espertalhões loquazes.
Um desses pulhas, político carreirista representante do estado de São Paulo, um dia destes foi submetido a uma saraivada de perguntas por jornalista. Encurralado disse na televisão, respondendo a pergunta do repórter, sobre um depósito que aparecera em sua conta num banco da Suíça, respondeu de forma debochada e desavergonhada: “Não, esse depósito de trezentos milhões não é meu, não sei de onde apareceu este depósito em minha conta neste banco Suíço”. O repórter perguntou: “a assinatura é sua Doutor”? O pilantra retrucou de forma veemente: “não este dinheiro não é meu. Se você quiser o dinheiro, pode pegar, é seu”!
Políticos bandidos como esse, vão correr para se candidatar no novo Estado do Tapajós, que possuirá 27 municípios numa área de 58% do hoje Estado do Pará, e terá aproximadamente 1 milhão e trezentos mil habitantes.
As quadrilhas de políticos irão para lá, vorazes, com muita sede ao pote, pois são contumazes em roubar a coisa pública. A sociedade civil organizada, usando de suas atribuições legais, faça valer a Ordem e o Progresso nesse novo Estado irmão que será criado.
Suscite  o Ministério Público, Tribunais, OAB, e a mídia, a realizar um Protocolo Ético Tapajônica, para impedir que essa canalha de políticos indecorosos, jamais possa tocar nessa emergente virgem estatal, estuprando sua pureza nascente.
O novo Estado brasileiro, precisa ter no pano sagrado de sua bandeira, o símbolo da legalidade e da justiça, inscrito na alma tapajônica, sob os auspícios da mais áurea política e da ética.
Sugerimos que na primeira eleição no novo estado o povo vá às ruas exigir que a Lei da Ficha limpa seja usada com todo rigor  objetivando extirpar da vida pública esses cânceres que se encostram há anos na política e passaram a exercer mandatos e assim locupletar-se com o erário público, enriquecendo em cima da miséria do povo.     
Por: Paulo Onofre
Jornalista (MTb 467)
Jornal Tribuna do Iranduba
Foto: http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/tag/tapajos/

ALVORADA EM ÓBIDOS




Praça da Matriz de N. Senhora de Santana, na cidade de Óbidos (PA). Foto: Alfonso Jimenez.

Era por volta de 7 horas da manhã do dia 26 de julho, em Óbidos, nesta data é comemorado o dia da padroeira do município, Nossa Senhora SANTANA, meu celular tocava insistentemente, enquanto eu estava levando meus filhos para a escola e nesse horário em Manaus, o engarrafamento é infernal. Decidi então parar no acostamento e atender ao telefone que tocava sem parar, foi quando do outro lado da linha uma pessoa gritava com voz afônica, me dizendo embravecida: pensei que não ia atender.
Para minha surpresa era o Otávio Xapuri, ou para os seus contemporâneos o ‘TOIA’, que me contava de forma entusiasmada o sucesso que estava sendo as festividades de Nossa Padroeira. Dizia que acabara de chegar da alvorada: uma festa que acontece na noite que antecede o dia 26 e vai até o dia amanhecer, onde participam geralmente os obidenses que visitam a cidade, que tem a oportunidade de  se encontrarem durante  o evento que; é  uma mistura de passeata e carreata. Confesso que diante do relato de meu amigo, senti-me com uma ponta de culpa por não ter me organizado para participar da festança.
Dizia meu eufórico amigo: daqui a pouco vou para rua, não posso perder o leilão que começa a partir da 11h, e quando os animais doados por pecuaristas da região são arrematados via de regra com valores muitos superiores do que o real e o arrecadado é repassado para que a Igreja possa manter suas obras de caridade no município.
Ao meu lado, meus filhos gritavam: vamos papai, senão chegaremos atrasados na escola.
Após atender ao Toia, pareceu-me que tinha começado a fazer uma viagem ao passado, quando nesse período não interessava o que acontecesse, mas uma certeza eu tinha: em julho iria à Óbidos  para assistir o Círio obidense, ou a festa de SAN’TANA.
Quando passamos a viver na cidade grande, onde a luta pela sobrevivência é titânica,  acabamos quase que esquecendo  as coisas simples de nossa vida, como a de viajar para Óbidos, pescar lá na pedra grande e reencontrar velhos amigos de infância como: Toia, Miguel Chaves, Botinho, Stelio, Every Aquino e outros.
Peço desculpas aos demais por não ter mencionados seus nomes, pois passaria uma manhã inteira para fazê-lo.
Lembrei então de meu pai, quando conversávamos sobre mudança de vida, com nossa  vinda para a cidade grande, ele fazia questão de enfatizar: - mudando de cidade, faremos com certeza outros amigos, mais estes jamais substituirão nossos amigos de  infância.
Diante de todas estas lembranças, me veio na memória uma entrevista que assisti há muitos anos com Clodovil Hernandes, na época grande estilista, que falava de sua infância em uma cidade pequena do interior, e enfatizava que lá, quando voltava, encontrava seus verdadeiros amigos, quando ao final da tarde sentava na calçada com sua velha professora, que lhe ensinou as primeiras letras do alfabeto, dizia que na simplicidade é que está as coisas mais bonitas, que está ali naquela pequena cidade,  e é uma forma de reencontrar com seus verdadeiros amigos.
E, vou programar e aglutinar alguns contemporâneos obidenses que residem em Manaus para, no próximo ano, participarmos da festa de SAN’TANA , como também da alvorada, por enquanto resta-me esperar ansiosamente.
Por: Paulo Onofre
Jornalista (MTb 467)
Jornal Tribuna de Óbidos