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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Manaus, a Metrópole do Desperdício


Agora, estão derrubando o monumento da Ponte que o Eduardo Braga fez pagando mais de 5 milhões de reais. E tome dinheiro saindo pelo ladrão.
O câncer vem de muito longe, quando em plena ditadura, o prefeito de Manaus fez uma reforma e destruiu a Praça da Matriz, derrubando a única fonte da capital, os bancos sobre jacas e cururus de cimento, e o que é pior demolindo o único sanitário público do centro da cidade.
Hoje, só existem umas portinholas imundas, comparáveis com as cloacas romanas do tempo de Calígula, existentes no mesmo diapasão decadente daquela época imperial, pois sempre tem entre os usuários, principalmente pessoas que sofrem de urina presa, 2 ou 3 caras estranhos olhando famélicos nos pênis alheios. Nem os idosos escapam desses constrangimentos. Prefeito, por favor, faça um sanitário público decente no centro da cidade.
Depois veio o Sarafa que mandou derrubar o prédio da Praça da Saudade (ali poderia funcionar uma escola, uma casa para abrigar os mendigos ou crianças de rua), e tome despesa e dinheiro jogado fora. Agora, estão derrubando o monumento da Ponte que o Eduardo Braga fez pagando mais de 5 milhões de reais. E tome dinheiro saindo pelo ladrão.
Seria bom que esse totem belíssimo e moderno, fosse reaproveitado e colocado lá do outro lado do rio, ali na entrada da estrada Manoel Urbano e o porto do Brito, antes que a Web enlouqueça vendo tanta besteira e ‘lesêra baré’, e os blogueiros do mundo inteiro baixem a pua nos costados do governo, aliás o Omar é um bom rapaz, bom governante e não merece cair na esparrela da incompetência  de seus auxiliares bizarros que não enxergam um palmo à frente do nariz. Seria bom que esses pseudos executivos estatais, escutassem aquele samba  belíssimo do Noel Rosa, Palpite Infeliz, que enfatiza: “ Quem é você que não sabe aonde tem o seu nariz, quem é você que não sabe o que diz”.
Alexandre Otton     
Escritor e Publicitário

       
  

MARCHA CONTRA A CORRUPÇÃO REÚNE 130 MIL PESSOAS


Cerca de 130 mil pessoas de 50 cidades, de 19 estados e do Distrito Federal confirmaram presença por meio dos sites.

Lembro que, em meados da década de setenta quando cheguei à Manaus, a juventude local tinha uma militância política e participativa de eventos que pudessem redundar em protestos contra o regime vigente da então Ditadura Militar.
O dia 1º de maio era marcado por protestos feitos pela militância dos sindicatos de trabalhadores que reivindicavam melhores salários; no 7 de setembro as lideranças estudantis exigiam melhoria para o ensino e jornalistas e intelectuais clamavam por  liberdade de expressão. Assim eram comemoradas estas datas.
A lembrança que tenho é de um povo mais politizado que exigia seus direitos, anistia, abertura política, mas a nossa tal democracia parece que degringolou nestas datas comemorativas. Os sindicatos passaram a promover eventos com atrações musicais e sorteio de prêmios como: casas, carros e eletrodomésticos. Os estudantes acreditam serem estes feriados apenas um bom dia para se pegar uma praia ou viajar para o exterior. Quanto aos jornalistas, estes hoje trabalham para grupos de comunicação comprometidos com o governo, salvo exceções, então como criticar os poderosos?
Há algum tempo venho falando da falta de patriotismo, do civismo que foi acometida nossa população. Na década de sessenta, quando morava em Óbidos, uma pequena cidade do Oeste do Pará, estudava o curso primário e todas as segundas-feiras ficávamos perfilados em frente à bandeira nacional para cantarmos o hino do nosso país - e fazíamos isso com muita alegria.
Hoje, sem medo de errar, algo em torno de 90% dos nossos adolescentes não sabem cantar o Hino Nacional brasileiro, e tampouco o hino do seu estado. Mas para surpresa desse quase sessentão que vos escreve, que acreditava que tudo estava perdido, tive uma notícia alvissareira por meio dos jornais que circularam no dia 8 passado, que falava da Marcha Contra a Corrupção. A reportagem noticiou que os jovens se aglutinaram por intermédio das redes sociais, como o Facebook, e promoveram, no último dia 7 de setembro, uma manifestação contra os atos de corrupção que tomou conta do nosso país. Cerca de 130 mil pessoas de 50 cidades, de 19 estados e do Distrito Federal confirmaram presença por meio dos sites.
Agora, políticos e membros da OAB do Brasil e outras entidades querem pegar carona no evento organizado pelo bancário Rodrigo Montezuma que, em Brasília, aconteceu na Explanada do Ministério. O protesto ganhou corpo depois que a deputada Jaqueline Roriz, foi absolvida na Câmara, onde era acusada por corrupção depois de ser flagrada recebendo dinheiro de um empresário do Distrito Federal.
Espero que estes protestos não sejam nuvens passageiras e que o nosso povo se levante em protesto contra a corrupção e malversação do dinheiro público. Talvez assim, no próximo ano, quando acontecerão as eleições, possamos extirpar da vida pública os maus políticos com a nossa arma, ou seja, o nosso voto.
Por: Paulo Onofre
Jornalista (MTb 467)
Analista Político e Social