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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Amazonino virou giju


 
Prefeito, tire férias, consulte um analista, ou vá com seu amigo Stones, fazer uma boa pescaria lá pras bandas de Nhamundá.

O giju é um peixinho dos rios amazônicos que, embora sendo peixe, mete na cabeça que é gente ou cobra e atravessa a restinga e a várzea a pé, para se refrescar nas águas quietas e frias do lago. E olha que o bicho vai se arrastando no chão, que nem soldado americano na selva do Vietnã, com medo de levar chumbo grosso nas orelhas de abano.
Pelos rumos que a administração municipal está tomando, parece que o prefeito Amazonino Mendes perdeu o fio da meada executiva, e está fazendo coisas que até o diabo duvida. Isto é, agora o Negão meteu na cabeça que é um giju moreno e quer se refrescar na indignação do povo manauara.
Senão vejamos: deu um aumento de 22% na tarifa dos ônibus, enquanto o salário do trabalhador foi aquinhoado com percentual de reajuste salarial bem abaixo. O povão vai pagar dois reais e setenta e cinco centavos. A massa vai reclamar, e bote reclame nisso. O povo do São José num passado não muito distante tocou fogo e virou ônibus, demonstrando toda sua indignação e o prefeito sabe disso.
Para piorar, o valor da passagem dos ônibus alternativos que era R$ 3,00 vai passar a custar R$ 5,50. Isso vai deixar a população indignada com o prefeito Amazonino Mendes
Toda essa maluquice ‘prefeitural’ em tempo de ano pré-eleitoral é um indicativo de que o prefeito já jogou a toalha da reeleição e vai, de fininho, sair pela porta dos fundos da prefeitura, pois essa tormenta abrupta de governar, não é passaporte para quem vai viajar para ser o prefeito da Copa de 2014.
Uma senhora de cabelos grisalhos enraivecida pela demora do ônibus lá no Terminal III da Cidade Nova, esbravejou contra o prefeito de Manaus: “Negão, eu votei em ti e fui traída, e agora tô num beco sem saída. Joguei fora um penico cheio, que era o Sarafa, e troquei por outro derramando, parece castigo meu Deus”.

             Prefeito, veja o que o Vossa Excelência está fazendo, o senhor que é macaco velho e já está meio combalido, não meta a mão em cumbuca. Tire férias, consulte um analista, ou vá com seu amigo Stones, fazer uma boa pescaria lá pras bandas de Nhamundá.
               Garanto que o senhor, um político astuto, vai entender a bosta que a prefeitura virou: casa de Noca. Até pouco tempo atrás o senhor era o manda chuva da política local e agora dá essa mancada de mexer no bolso do povo.
              Prefeito, Vossa Excelência pode perder essa eleição e o senhor não tem idade e saúde para recomeçar tudo de novo, como diz a canção do Ivan Lins. É temeroso se aventurar a uma reeleição sem fazer uma leitura prévia da vossa gestão frente à prefeitura de Manaus. A conclusão óbvia é que esta cidade se transformou em uma cloaca.
                 Quem vai sofrer é o senhor que encerrará sua carreira política de forma melancólica saindo pela porta de trás da prefeitura, após amargar outra derrota, a não ser que Vossa Excelência goste muito daquela música do Chico que diz: “Joga bosta na Geni...”. Afinal de contas, o senhor é um prefeito ou é um giju?
Por: Paulo Onofre
Jornalista (MTb 467)
Analista Político e Social

O Retorno do Rei



Com Mário Frota no PSDB, cresce a esperança do povo amazonense para votar em candidato Ficha Limpa.
A saga da trilogia do filme “O Senhor dos Anéis”, ganha um paralelo de luta na política local com a repentina mudança dos militantes do Partido Democrático Trabalhista (PDT) indo de malas e cuias para o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) - o ninho tucano - partido de Arthur Neto.
Com Mário Frota, Jefferson Praia, Milson Pascoalino e a minha possível filiação saem a nata pedetista puro sangue e envereda para a sigla política de Fernando Henrique Cardoso, José Serra e Aécio Neves, dentre outros. Com isso, cresce a esperança do povo amazonense de votar em candidatos Ficha Limpa, já que a sociedade cabocla - como acontece com o Movimento dos Injuriados na Europa - cansou de votar em canalhas que tudo prometem para o povo, mas depois de eleitos, esquecem as promessas feitas à coletividade.
Assim, o PSDB amplia sua base, impávido com sua bandeira de luta, agregando políticos de brio, que põem as ansiedades comunais em primeiro lugar.
Voltamos novamente a ter esperanças de mudar o panorama político local, já em estado de putrefação adiantado, como a política local, apesar de Manaus estar cercada de mananciais pútridos que continuaram com o Prosamim, cuja verba também era para ser usada no tratamento das águas servidas que fluem para os igarapés da cidade. A fedentina é geral. Manaus tornou-se uma gigantesca cloaca romana e ninguém diz nada. As instituições calam-se e a nossa cidade, apesar de ser a 4ª mais rica do país, é certamente a mais fedorenta e poluída, pois o metano que escapole dos igarapés-esgoto, também corrói o buraco de ozônio.
Muita coisa tem que ser feita por nossa capital. O momento é agora, por isso esperamos que, com o novo PSDB, o antigo MUDA AMAZONAS, volte a ser na caixinha de Pandora o grão de esperança que iluminará nossas vidas.
Artur, Mário, Praia e outros companheiros combativos, como no filme capitulo “A Sociedade do Anel”, juntam suas forças para enfrentar o gênio do mal, num embate decisivo para a população manauara.
Nesse paralelismo localizamos uma figura insólita, dentre tantos personagens heróicos, o Smigoo - da turma dos oportunistas que ficaram no PDT - conhecido como Stones, nosso antigo colega de partido, que lutou contra seus ex-companheiros do PDT, com o único objetivo de garantir a filiação de seu hoje aliado, o prefeito Amazonino Mendes.
A turma do Bar do Armando, que coordenam a Banda da Bica, já começou a discutir o tema do samba de enredo para o próximo carnaval. Vou sugerir que o fato insólito que culminou com o ingresso de Mazoca no PDT, que agora se diz socialista de carteirinha, entre na pauta de discussão quando da escolha do enredo. Quem sabe assim o Stones e o Amazonino entrem para a história como tema para o próximo reinado momesco.      
Por: Paulo Onofre
Jornalista (MTb 467)
Analista Político e Social   

O Círio de Nazaré é uma festa democrática



Um amigo meu, que pela primeira vez participava da festa do Círio de Nazaré, disse-me ter ficado surpreso com a grandiosidade do evento religioso, considerado o mais concorrido do país.
Dois milhões e meio de pessoas se fizeram presentes àquele ato de fé cristã. A população de Belém quase dobra nesses dias, com as suas ruas repletas de gente movida pela fé na Virgem. É um espetáculo que, segundo esse meu amigo impressiona, principalmente porque nivela pobres e ricos, brancos, pretos, índios e quem mais que apareça no local.
Na semana em que se comemora o Círio de Nazaré, figurões das finanças param os seus carrões importados nas calçadas e de lá saem descalços, como o mortal mais humilde para participar da procissão. O Círio de Belém é, portanto, uma festa democrática, humana e civilizada. Venho adiando participar desse ato religioso há muito tempo.
Acreditava que este ano dava para viajar à Belém com a família. Não deu, fui só. O problema é que vivi uma turbulência danada nessa de ter que trocar de partido para sobreviver politicamente. Bem, fica para o próximo ano se assim Deus o permitir.
Mais do que Manaus, Belém foi cantada por grandes mestres da música brasileira.  Luiz Gonzaga a imortalizou em seus versos, num baião de beleza melódica e letra comovente, que diz assim: “Quem vai a Belém do Pará, desde a hora que sai, não esquece de lá, quer voltar. Jesus, em Belém foi nascer. Quem me dera viver em Belém do Pará...” Lindo! Que música mais bonita não iria sair da cabeça do mestre do baião se ele estivesse vivo e participasse hoje do Círio de Nazaré? Homenagem mais do que justa a uma mulher que há dois mil e onze anos deu à luz a uma criança em uma cidade também chamada Belém.    
Por: Alexandre Otto
Escritor, Poeta, Publicitário e membro do Clube da Madrugada