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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Final de semana da Ponte foi um caos



As pessoas saíram cedo de Manaus sonhando em deliciar-se com uma pamonha quentinha, um cuscuz, ou mesmo uma simplória e deliciosa tapioquinha, mas em Iranduba não tem nem o básico.

A Ponte Rio Negro ficou uma lindeza, parabéns Dilma, Omar, Eduardo e Lula, entretanto o primeiro final de semana, sequente à sua inauguração, foi um desastre sob todas as formas e sentidos.
A população que acorreu em massa para atravessar a ponte e se deliciar com o panorama fluvial belíssimo que se descortina nos olhos de todos, ao chegar do outro lado lá, no Cacau, se desesperou ao ver a falta de infraestrutura vigente naquela localidade, principalmente as pessoas que saíram cedo de Manaus, pensando em tomar o café matinal, talvez sonhando em deliciar-se com uma pamonha quentinha, um cuscuz, ou mesmo uma simplória mas deliciosa tapioquinha com manteiga, feita na hora por essas caboclas espertas do nosso interior
Puro engano do pessoal de Manaus. Nada tinha do lado de lá, apenas algumas bancas abarrotadas de moscas e com uma demanda infernal de gente querendo tomar ao menos um cafezinho para seguir viagem.
Depois de horas dentro do carro com minha família, cheguei a triste e inevitável conclusão de que teríamos que voltar para casa, quanto ao café manhã que na noite anterior havia prometido aos meus familiares, pedi que tivessem um pouco de paciência pois estávamos indo para o município rio preto, onde naquele local há varias restaurantes especializados em café da manhã.   
Nesse caos incidental, lembramos de um notável guariba político do Amazonas, talvez o maior e mestre de todos, nosso Boto Navegador, inesquecível Gilberto Mestrinho, que relatando-se à ponte falou certa vez com sarcasmo: “É a ponte que vai do nada para lugar nenhum”.
De certa forma, o Boto teria razão comprovada, se observarmos o  passo inicial da obra, isto é, falta tudo para a região metropolitana se firmar dentro de uma dimensão urbana, fazendo jus a essa significação.
Os governantes devem contemplar pelo menos o básico para atender a população. E esse despreparo é muito antigo nessas terras de Aiuricaua, pois aqui acontecem coisas que até Deus duvida.
Quem não lembra daquele morador da rua Silva Ramos, que mandou fazer a sua garagem  e ao tentar entrar em casa, notou que tinha um poste elétrico em frente da mesma. Pura ‘lesêra baré’.
Parece que o sol escaldante cozinha os miolos da rapaziada. E na hora do sujeito imaginar o problema, ele esquece aquela máxima do grande físico Willhiams Ocam: “Quando o problema é difícil, a solução é a mais simples”.
Os nossos políticos devem estudar mais um pouco, ou como diz o seu Mathias português: “esse pessoal tem que ir para o Mobral”. 
Por: Paulo Onofre  
Jornalista (MTb 467)
Analista Político e Social