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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Amazonas da Sorte exige ilegalmente CPF do apostador


Como todo brasileiro sou chegado a um joguinho. Volta e meia, quando a Mega Sena está acumulada, lá estou eu na fila da lotérica para pagar o meu volante e fazer uma fé. Dia desses andava no centro comercial de Manaus quando fui interpelado por uma jovem bonita que insistentemente, com uma cartela na mão, me oferecia o tal do “Amazonas da Sorte” que tinha como primeiro prêmio um carro ‘zero bala’, vi então, a grande chance de deixar de usar o buzão, coisa que faço há oito meses quando, em dificuldades financeiras, tive que vender meu velho gol. Somado a minha necessidade de adquirir um transporte e a gentileza da vendedora pedi que a mesma preenchesse o que eles chamam de “título de capitalização”, mas criou-se um impasse quando a jovem me pediu o número de meu CPF. Surpreso com a solicitação indaguei por ela queria o número deste documento,  respondeu-me de pronto que isso é uma exigência da empresa que promove Bingo, pedi desculpas e afirmei à jovem que esse documento o cidadão não pode sair por aí informam o número do mesmo pois corre o risco de ser usado indevidamente e me retirei do local, sem fazer minha fezinha.  
Andei pelo centro de Manaus até chegar ao Café do Pina, onde encontrei alguns amigos e lhes perguntei se algum deles havia jogado neste Bingo, e explique-lhes a razão de minha preocupação, sem querer iniciei uma grande discussão entre os aposentados freqüentadores do local, que passaram a divagar sobre os motivos da exigência do número do documento. É bom lembrar que nenhum outro tipo de jogo, como os da Caixa Econômica, por exemplo, não exige o número do CPF do apostador.
Como diria meu amigo Rezala, que durante muitos anos foi figurinha carimbada e habitue do Café “pelo sim ou pelo não, fica aqui o registro”.
Por: Paulo Onofre
Jornalista (MTb 467)
Jornal Tribuna do Iranduba