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quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

O QUE DIZER DAS LIDERANÇAS POLÍTICAS DO AMAZONAS




O Amazonas foi celeiro de lideranças com reconhecido valor no cenário nacional, políticos do porte de Arthur Virgílio Filho


Ademir Ramos (*)
O Amazonas foi celeiro de lideranças com reconhecido valor no cenário nacional, políticos do porte de Álvaro Maia, Arthur Virgílio Filho, José Esteves, Bernardo Cabral, Plínio Coelho, Chico Queiroz, Homero de Miranda Leão, Jefferson Peres, Fábio Lucena, Gilberto Mestrinho, entre outros, que se destacaram não só por sua oratória, mas pelas habilidades no trata da coisa pública, manifestando compromisso e respeito ao povo deste estado.
No passado esses vultos se destacaram, merecendo de nossa gente toda forma de reverência e respeito pelo trabalho prestado à nação e, particularmente, ao povo do nosso Amazonas. Hoje, a qualquer momento, quando se fala em política partidária reclama-se a ausência de liderança apta a representar os interesses da cidade e do estado, capaz de agregar em torno de suas propostas e do seu próprio nome, valor que garanta benefícios diretos para o Amazonas.
Se no passado era assim, no Brasil de hoje, a Bancada do Amazonas no Congresso Nacional pouco ou quase nada significa, considerando que no Senado Federal o líder do governo é o ex-governador Eduardo Braga (PMDB). Por aqui quando passam esses cartolas da política cantam e falam grosso, lá em Brasília ficam no “gargarejo”, de forma estática, negociando nas Comissões projetos de duvidoso valor republicano em favor de grupos corporativos empresarias.
Em disputa o privado e o público: Nesse cabo de guerra, o povo é muito pouco lembrado, quase sempre em épocas eleitorais, onde os concorrentes batem a porta dos eleitores com anedotários, fazendo-se de vítimas, para mais uma vez obter do povo o aceite popular consagrado nas urnas.
A questão que não quer calar é compreender quem são esses políticos e como eles foram empinados ao olimpo da política e por que não corresponde a vontade popular. Em suma, qual a trajetória desses políticos e o que os credenciou para merecer do povo o que é mais sagrada da Democracia: o voto popular.
No passado eram feitos nas lides do Direito ou abençoados pelos seus tutores políticos que os viam como seguidores dos seus projetos. No presente, os fatos não são tão diferentes, o que alterou esse quadro significativamente foi o peso dos meios de comunicação de massa, sobretudo, a televisão, com a inserção de determinados atores em programa justiceiros e messiânicos direcionados especificamente as camadas mais desassistidas de nossa população.
A cultura de massa despersonalizou a política, criando um campo de força em favor dos políticos de laboratórios, que não tem projeto nenhum de base passando a praticar o populismo como regra para garantir o voto de cabresto dos excluídos. Nesse cenário, o poderio econômico se manifesta por meio das doações partidárias daqueles que colocaram ou prometem disponibilizar os seus mandatos a serviços dos interesses privados e das Igrejas.
O jogo tem sido cada vez mais pesado, exigindo dos candidatos programáticos participação mais seleta se assim quiser se afirmar nesse cenário eleitoral. A população aumentou, a desigualdade social tornou-se cada vez mais perversa, a educação do povo pouco nada contribui para um julgamento justo com avaliação de programas e conferência das propostas dos candidatos, os partidos viraram moeda de troca em favor de políticos que buscam se beneficiar do somatório dos horários eleitorais, a classe média sem outro meio sustentável depende unicamente do erário público para garantir seu status social, os meios de comunicação com pouco ou nenhuma autonomia nada fazem para alterar o quadro, as opiniões em disputas são muito mais dogmáticas do que políticas, comentando muito mais as regras ortográficas do que o significado do texto, que é o modus operandi do governante no exercício do poder do Estado, da Prefeitura, do Parlamento e do Poder Judiciário.     
Se o presente é duvidoso imaginem o futuro do nosso Amazonas se depender do porte das lideranças que atuam no campo da política do estado. O futuro requer redimensionamento do Polo Industrial de Manaus, de investimento em logísticas em suas diversas frentes, capacitação, inovação e domínio de tecnologias da informação, qualidade de gestão pública e privada, destacando o processo de ordenamento político e jurídico da capital, dos municípios e do estado como um todo.
Com ressalvas, o povo do Amazonas ressente-se de lideranças políticas partidárias capazes de assumir compromisso com sua gente, visto que atualmente no Congresso Nacional e nos Parlamentos do estado e do município os atores eleitos vinculam-se mais aos interesses paroquiais do que a política como cimento capaz de consolidar a construção de um projeto republicano. Fato esse que passamos a exigir tanto do governador do estado, do prefeito eleito, das mesas diretivas da Câmara Municipal e da Assembleia Legislativa do Estado.
Para a consecução desses objetivos é importante que as comunidades e a sociedade civil participem efetivamente por meio do movimento social, das organizações populares, liderança estudantis, em parceria com o Ministério Público, dando visibilidade dos seus atos através dos meios formais de comunicação e/ou das mídias sociais. Se assim fizer estaremos não só exercendo a cidadania, como também o equilíbrio entre os poderes, fazendo valer a justiça distributiva para o bem-estar social e ambiental do povo do Amazonas.

(*) É professor, antropólogo, coordenador do Projeto Jaraqui e do NCPAM/UFAM.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Natal com trânsito caótico



O trânsito de Manaus, se transformou numa guerra espartana  aliás aqui  em Manaus já estão casando homem com homem
Sousândrade, genial e épico poeta brasileiro, natural do Maranhão , terra de Gonçalves Dias, ora bolas, escreveu nos idos de 1860, época do mesmo, Casimiro de Abreu, Varela e outros filhotes do romantismo francês,sempre trazendo Musset, Lamartine e Vitor Hugo à tiracolo, inclusive Castro Alves, que era oondoreiro influenciado demais pelo dito, apesar de ser talentoso, pois bem, Joaquim de Souza Andrade  estava 100 anos à frente da turma citada, e escreveu O inferno de Walt Street, genial trecho do épico o Guesa Errante, poema que influenciou  até os concretistas e a poesia de vanguarda, segundo os Irmãos Campos.
A balburdia desse poema revolucionário, casa exatamente com o trânsito caótico do centro de Manaus, que mais parece uma t ela surrealista de Salvador Dali, dada as circunstâncias fantasmagóricas  que está exposta para conflitar cada vez mais a cabeça do povo manauara.
Os motoristas são os campeões de abuso gera, atravessando sinal, fazendo acostamento ilegal, como se eles pudessem tudo, como fizeram certa vez naquele caso do Delmo  Ferreira   que não era Santo, mas foi esquartejado por profissionais do volante num ruidoso caso que foi manchete no mundo inteiro.
Há bons motoristas, sabemos disso, mas que os caras são abusado, ah, isso são, e os taxis engarrafam o centro, pois entre   10 caros 5 são taxis,  Precisamos controlar isso com urgência.
Tal incidente nos remete a uma perplexidade. Se estamos há 3 anos da copa e a coisa já está assim, imagine no tempo dela, e muita  vela de emergências tem que ser queimada se   quisermos acender uma luz para clarear um caos de transito evidente  nos tempos que virão.
Será necessário contratar um especialista  no assunto se quisermos tirar o pé da lama, pois do jeito que vai , a vaca vai pro brejo, igual aquela cena genial do filme 300, quando Leônidas força os adversários a cair no abismo  sem trégua.
O trânsito de Manaus, se transformou numa guerra espartana  aliás aqui  em Manaus já estão casando homem com homem, vôte, e tudo isso em época de Natal.
Alexandre Otto.
[é poeta e membro do
Clube da Madrugada.,
l               
    

NATAL SEM IDENTIDADE



Bernardo Cabral, mais afoito do que eu, me disse: - então vamos logo, antes que termine. Fiz o meu prato de mau-educado e quando olhei o prato do namorado da  Zélia, o dito tava de cucuruta, um assombro.
No pandemônio do Centro de Manaus, abarrotado de vendedores ambulantes de toda ordem, mais parecendo uma daquelas peças cinematográficas, com Leonardo Di Caprio à volta com diamantes de sangue e mais o atraso de Serra Leoa, uma senhora der aspecto  guerreiro, olhar de arapapá e cintura de tabua, mas linda  pelo sorriso de 32 dentes alvos que todo amazonense possui, exclama para o filho de uns cinco anos mais ou menos: - cuidado com o carro Deivid,  e bebe logo essa coca cola , menino danado.
O curumim travesso, um autêntico ticuna de rosto, cabelo em pé que nem piaçava, bebe rápido a lata de coca cola e se acomoda entre a multidão natalina que faz compras no centro de nossa capital.
O garoto poderia chamar-se mundinho, tapioca, giju, ou Arsitiobaldo, mais não sei o quê, mas justamente seu nome é Deivid, e isso acontece também lá no murumurutuba e no resto do interior amazonense, o certo é que estamos perdendo a nossa identidade cabocla.
Certa vez estávamos na casa do deputado Nonato Oliveira, e íamos jantar uma tartarugada feita pela Lindimar, mulher dele e irmã do Lupércio, quando a anfitriã me segredou: “vão logo fazer o prato de vocês porque a tartaruga é pequena”. Olhei para o lado e sabendo que o Bernardo era apaixonado pelos pratos do dito quelônio, convidei-o à atacar a cozinha do negão que nesse tempo era candidato à governador do Estado. Bernardo Cabral, mais  afoito do que eu, me disse: - então vamos logo, antes que termine. Fiz o meu prato de mau-educado e quando olhei o prato do namorado da  Zélia, o dito tava de cucuruta, um assombro.
É que não tem petisco igual no mundo que supere a nossa tartarugada, o paxicá, o sarapatel, etc., pois bem comemos à vontade aquele manjar dos deuses inesquecível.
Hoje, internautas, estamos comendo hambúrguer regado a catchup e maionese, esquecemos de vez o tucupi, o arubé, e tem gente que nunca provou um creme de pupunha, ora bolas.
Deveria haver nas escolas pelo menos uma página que ensinasse às nossas crianças, as coisas da terra. Mas já que o Natal está na porta, rezamos para que o mundo não se acabe amanhã, como os embusteiros acreditam que os maias profetizaram, que tal uma ceia     com tambaqui assado na brasa, acompanhado daquele delicioso licor de cacau  que a tia Maroca fazia lá no beiradão do Paraná da Eva. Que saudade Tio Xandico!

Feliz Natal e Prospero 2013!

Alexandre Otto,
é poeta e membro
do Clube da Madrugada.
                                       
   

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

PAPAI NOEL À REMO E VAREJÃO



“Cachorro, desgraçado. Tu vai ver só na próxima eleição, filho do cão, eu vou fazer mandinga da pesada pra ti”. “Cachorro, deviam multar o prefeito e o dono do barco para ver se os dois criam vergonha na cara”.
Um dia desses uma senhora idosa deu um escorregão naquela escadaria da rampa do Mercado Municipal Adolpho Lisboa, que dá acesso ao Flutuante do Boizão, local onde os barcos ancoram, e se esborrachou lá embaixo com mala e tudo, é que tinha chovido  e a coisa não ficou mais preta porque  só faltava 1 metro e um palmo de altura, senão seria um desastre de ossos quebrados, e a anciã mais uma vítima  do descaso das autoridades constituídas.
Os caboclos usuários de barcos que vão e vêm do interior, sofrem mais do que charuto em boca de bêbado, quando se dirigem para pegar um motor de recreio para o devido destino.
Sem terminal de passageiros, a rampa do mercado, vira  uma zorra cotidiana para a população, e tome sofrimento geral, com pranchas improvisadas. Um dia desses uma senhora gorda e nervosa além de rasgar a saia na queda, ainda tomou um baita banho de água poluída diante do incidente do desastrado embarque. A mulher vociferava em alto tom: “cachorro, desgraçado. Tu vai ver só na próxima eleição, filho do cão, eu vou fazer mandinga da pesada pra ti”. Até hoje não se sabe quem é o dito amaldiçoado focado pela dona. que parece ser  ‘mãe de santo’.
Outra vez foi um, velho ranzinza, que deu um salto para a prancha que dá acesso ao barco, mas não conseguiu segurar o  óculos que foi pro fundo,  enquanto o  ancião bufava:  “cachorro, deviam multar o prefeito e o dono do barco para ver se os dois criam vergonha na cara e não dão prejuízo  pro povo, essa é a verdade”.
É verdade, minha gente, o povo está abandonado, e até parece que perdeu o cachimbo na curva da boca do Cão, porque o usuário de barco sofre um trenó de esquecimento, pois não lembra do povo nem em época natalina.
O centro da cidade é um inferno, camelôs transformam Manaus num gueto de insalubridade, e tome roubo, aperto, incômodo, ruas transbordando de  vendedores ambulantes, mingau, churrasco de gato,  banca de celular, jogo de bicho, mandinga, e até uma mulher bradando em alta voz : “serviço para trazer marido de volta, casal gay  se casar, e até patuá pra tirar na Mega \Sena. A fila começou a esticar. O povo, coitado, gosta de ser enganado, e você aí amigo internauta, não vai fazer uma fezinha na Mega do fim do ano. Quem não arrisca não petisca. De repente você acerta, amigo(a), e feliz Natal.

Alexandre Otto,
é    poeta e
membro do Clube da Madrugada.