O barco Comandante Sales, que afundou no rio Solimões, na região de Manacapuru derramou 5 mil litros de óleo no Rio Negro. Felizmente o acidente não teve vítimas. Foto: Alberto César Araújo/Agência Estado
O carnaval está chegando e o pessoal que foge da furdunça de Momo, ou aproveita os dias de folga do feriadão para dar uma esticada para ficar junto aos parentes no interior, vai de barco, navegando pelas nossas estradas líquidas, dos nossos rios, na maioria das vezes, navegáveis em tempo de enchente.
Sendo assim, e com a ocorrência pretérita de diversos incidentes desastrosos que ceifaram vidas preciosas, justamente pelo abuso da superlotação é primordial a fiscalização desses barcos de passageiros que fazem o itinerário para os municípios e vice- versa.
Temos entre os empresários desse mister logístico, boas pessoas que fazem o transporte fluvial com vigilância e seriedade, isso da higiene do barco à alimentação, do zelo pelo conforto dos passageiros à lotação do veículo, observando as normas vigentes da Capitania.
Mas entre esses grãos de trigos decentes, sempre têm aqueles joios, mascarado de empresários, que só pensam em ganhar dinheiro, burlando a Lei e a fiscalização do órgão controlador, enchendo o barco até às ‘cucuias’ e passando a perna do gestor da mesma. Essa turma macabra, esses psicopatas que infelizmente existem, não estão nem aí para a vida do passageiro, pois é notório o desconforto e o abuso porque passam as pessoas que viajam nesses recreios superlotados.
Inúmeras famílias das vítimas de acidentes insólitos, choram a perda de seus entes queridos, vitimados pela insânia dos proprietários de barco que ainda costumam praticar desregramentos violentos contra os inocentes passageiros de barcos.
Daí apelarmos para a observância do diligente Capitão dos Portos, para que ele use vigilância institucional e o tridente da lei contra os infratores que põem em perigo a vida dos passageiros de barcos.
Não cutuque essas tapirauaras com vara curta, capitão, seja firme, lépido, inverossímil e rascante, contra essa corja que burla a Capitania, não se importando nem um pouco com a vida alheia.
Não deixe, Capitão, que aconteça sob as nossas barbas, um acidente fragoroso e negligente, como aconteceu no mediterrâneo, quando no mês passado, o navio Concórdia, concordando com ações ineptas e burrice, naufragou ceifando vidas preciosas de passageiros que estavam de férias, tentando se distrair, mas infelizmente foram vitimados pelo desastre que invadiu as manchetes da mídia mundial.
Evite a tragédia, bravo Capitão, o senhor como o oficial timoneiro das águas, tem função e obrigação de zelar pela vida do povo caboclo que sempre usa da logística fluvial. Além do mais, há muitas crianças, com suas mãezinhas, que viajam nesses barcos superlotados. Zagaia neles, Capitão dos Portos, velho Netuno, rei do mar e nosso heróico protetor. (Por: Paulo Onofre)
