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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

CAMELÔS: DESOCUPAÇÃO VOLUNTÁRIA COMPENSATÓRIA



Em artigo veiculado neste blog (http://blogpaulonofre.blogspot.com/2011/03/edificio-garagem-o-elefante-branco-do.html ), sugeri que a prefeitura de Manaus adaptasse o prédio do Edifício Garagem para abrigar o Shopping dos Camelôs , como medida paliativa que, por certo, não solucionaria o problema, daí insistirmos haver a necessidade da continuidade do projeto de construção desse ‘camelódromo’ no quadrilátero da Boot Line (foto), próximo ao Porto de Manaus (Roadway), onde poderão ser alocados centenas de camelôs.
Nada contra os camelôs, que são pessoas trabalhadoras e merecem todo o nosso respeito. Mas sou contra as condições de como desenvolvem o seu trabalho, debaixo de sol e chuva, se alimentado de ‘quentinhas’ de procedência duvidosa, sem banheiros para suas necessidades fisiológicas e, em alguns casos, hostilizados em nome do poder público.
Por outro lado, a prefeitura - em conjunto com a associação da categoria, do governo do estado e de outras entidades - poderia oferecer alternativas para os camelôs saírem do centro da cidade como, por exemplo, a ‘desocupação voluntária compensatória’. A idéia é de que cada camelô ao sair, de livre e espontânea vontade do centro da cidade, para se estabelecer no bairro onde mora, receba um empréstimo por meio da Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam), no valor entre R$ 5 mil a R$ 20 mil reais, com carência entre três e doze meses.
Dessa forma o camelô teria capital de giro e recursos para alugar um ponto comercial decente, preferencialmente no bairro onde mora, para sair do mercado informal e gerar mais empregos, impostos e distribuição de renda. O processo dessa ‘desocupação voluntária compensatória’ voltada para o empreendedorismo teria ainda o acompanhamento do Sebrae, que muito tem contribuído para a formação de novos empresários. Fica a idéia. (Por Paulo Onofre).