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quinta-feira, 22 de março de 2012

Lembrete para o “favorito” Chico Doido

O filme eleitoral da vida política de Chico Doido, nós já vimos acentuadamente. Sua candidatura, no início da campanha, sempre dispara nas pesquisas, mas quando chega a hora de a onça beber água - na reta final - parece que acontece algo inexplicável que a campanha não deslancha na fase conclusiva.
Foi o que aconteceu nas últimas eleições em que o Chico era favorito, mas o Nonato Lopes levou a melhor e o povo de Iranduba a pior, nessa desastrosa administração atual.
Por isso sugerimos ao candidato favorito nas pesquisas que ponha as barbas de molho e não se precipite; não subestime seus adversários por mais franco que eles possam parecer; tenha o povo como seu maior aliado e procure partilhar com eles suas dificuldades de pré-campanha. Não esqueça que o povo vem sempre em primeiro lugar.
A premissa é de que o candidato a candidato se assessore de profissionais competentes, especialistas no assunto de marketing eleitoral. Profissional que tenha um currículo de vitórias pra mostrar e não fazer como aquele marqueteiro de um candidato a governador do Amazonas que quando lhe perguntaram se ele já tinha provado um jacuba ou se já tinha pescado um delicioso bararuá, respondeu: “jacuba não, mas polenta eu já comi - e muito - com leite de cabra”. Ora, ora, é o mesmo que oferecer chimarrão para um morador lá do Xiborena.
Para coordenar sua campanha, Chico Doido deve se cercar de pessoas que batalhe em Iranduba, que conheça os problemas do município e que fale a linguagem do povo.
Sugerimos que, no momento certo, monte seu comitê partidário, pois o partido o qual é filiado pode fazer política social partidária. É bom lembrar que o coxo acorda cedo. Os pré candidatos Liberman, Francisco Souza, Xinaiqui, e outros, estão de olho no Chico Doido porque ele lidera as pesquisas e será alvo de criticas de todos eles. É bom abrir os olhos.
O candidato, líder nas pesquisas, deve visitar as comunidades com objetivo de buscar embasamento para elaboração de um plano de governo. Como diria o saudoso Ulisses Guimarães; “escute as vozes roucas das ruas”. Chico já está atrasado, pois estamos em ano eleitoral e agora o alvo é o voto. É bom não esquecer que nas próximas eleições terão migrado para o Iranduba, possivelmente, 5 mil eleitores que não conhecem os candidatos e seus votos serão decisivos no próximo pleito.
Chico sofreu a derrota para o Nonato Lopes na retal final. Ele fez como o Barrichello que teve que frear para o Schummaker passar e ganhar a corrida.
Acredito que se o Chico trabalhar certo, essa será a sua vez de administrar Iranduba, mas ele precisa ter cautela. Ele deve se afastar do Nonato e de pessoas ligadas a ele. Para o povo Chico representa a mudança, e como justificar para essa gente uma aliança com o prefeito? É bom observar que Nonato virou o Rei Midas às avessas, isto é, tudo em que o Rei tocava virava ouro, e tudo o que o atual prefeito de Iranduba toca vira sabe Deus o quê. Nonato se tornou epidêmico, uma aproximação com ele será o início de uma derrocada.
É bom o Chico aprontar a sua baladeira, porque os pára-quedistas (oportunistas) já começam a saltar em Iranduba, de malas e cuias, com propostas mirabolantes para a campanha, que asseguram a vitória de qualquer candidato. Isso me faz lembrar a invasão dos aliados na Normandia.
A defesa do povo de Iranduba deve ser feita de forma intransigente. Caso se eleja, Chico deve colocar em Cida da sua mesa os “doze mandamentos do administrador público” que o senador Jeferson Peres, tanto falava e que descrevo abaixo:
                   
                   MANADAMENTOS DE UM (BOM) GOVERNANTE
1-   Colocar o interesse público acima de todas as coisas. O governo não deve jamais, ser um condomínio de parentes, amigos, correligionários ou apaniguados.
2-   Honrar o juramento de cumprir A Constituição e as leis. O governante não está acima da Lei. Ao contrário, deve ser o primeiro a cumpri-la, para dar exemplo.
3-   Não roubar e nem deixar roubar. Tolerância zero para todos os atos de corrupção, grandes e pequenos, sem a mínima transigência.
4-   Ter a mente aberta a sugestões e criticas que ajudam, e fechada para a bajulação, que cega.
5-   Nomear ministros ou secretários pelo critério de competência e probidade. Querê-los ativos, não sabujos, e dar-lhe liberdade de ação, mas sendo implacável na cobrança de resultados.
6-   Ser humilde para reconhecer os erros. Nunca procurar justificá-los, mas admitindo-os, imediatamente mandar corrigi-los, e pedir perdão por haver cometido.
7-   Ser absolutamente transparente. Todos os atos de governos devem ser públicos e levados amplamente ao conhecimento da população.
8-   Não fazer propaganda do governo e nem promoção pessoal do governante. Toda a verba de publicidade deve ser gasta em campanhas educativas.
9-   Tratar bem a todos. Ninguém tem o direito de dar patadas, muito menos um governante. Grosseria humilha a quem recebe a quem recebe, e diminui a quem pratica. A arrogância e os atributos dos tolos, não dos sábios.
10-              Dar atenção a todos. Mesmo que se tenha que mobilizar uma equipe de assessores para isso. Pessoas humildes, muitas vezes, procuram o governante para uma súplica, em desespero. Merecem ao menos atenção.
11-              Cumprir compromissos com pontualidade. Parece pouca coisa, mas não é. Governante que aplica o chá de cadeira, revela duas deficiências: falta de competência para organizar o seu tempo e falta de respeito pelos os outros.
12-              Não perder a postura jamais. O governante deve ser simples, não vulgar, por não e um cidadão qualquer, mas representa uma instituição.
Artigo de autoria do ex-senador Jefferson Peres, veiculado no jornal A Critica de 19 de Outubro de 2003.        
Alguns me perguntam se acredito mesmo que, na vida real, algum político é capaz de cumprir estes mandamentos. Respondo que, certamente, não, dada a imperfeição da natureza humana. Mas o ponto não é esse. O que distingue o bom do mal governante é que o mal as descumpre deliberadamente e sistematicamente, ao passo que o bom faz um esforço sincero para cumpri-los, embora nem sempre consiga. Esta é a diferença fundamental entre um e outro.
*Artigo de autoria do ex-senador Jefferson Peres, veiculado no jornal A Critica de 19 de Outubro de 2003.        
Por: Paulo Onofre