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quinta-feira, 10 de maio de 2012

SE EU NÃO FOR PARA O ESTALEIRO EU MORRO


PRÉ CANDIDATO A PREFEITO DE ÓBIDOS, EVERY AQUINO, VISITA OBIDENSES EM MANAUS



Paulo Onofre, Jander, Bahia, Every Aquino (candidato à prefeito de Óbidos) e Ademir Ramos no Projeto Jaraqui
O pré candidato a prefeito Óbidos, Every Aquino, leia-se PDT, esteve no último dia 5 em Manaus, quando visitou alguns obidenses residentes na capital manaura buscando apoio de seus conterrâneos para a sua candidatura. Durante sua visita participou Baile Paraense, no Clube dos Sargentos da Polícia Militar, onde reencontrou vários de seus contemporâneos. No domingo participou de um almoço com o prefeito Amazonino Mendes, quando pleiteou apoio a sua candidatura. É o Every se articulando em busca de apoiamento. (Por: Paulo Onofre)

MANAUS UMA ILHA DE PROSPERIDADE ÀS AVESSAS



Manaus é uma Metrópole, cercada de miséria por todos os lados, onde a violência, a cada dia que passa, é crescente face a desigualdade social gritante que vivemos.
Manaus, a capital da Zona Franca, é um contraste quando observamos a cidade antiga (que representa o centro da cidade e bairros adjacentes) e da moderna (nesse caso, Ponta Negra, Adrianópolis), que ainda apresenta plataformas e paradas de ônibus com telhados de barro ou plástico, nos moldes colonialistas, isso em pleno século XXI.
A Manaus velha pelo menos possuía um estilo rococó art noveau, que era o rescaldo de uma elite inculta e retrógrada, que só aceitou arte moderna em 1954 com o advento do movimento cultural de renovação artística, que criou o Clube da Madrugada que já chegou atrasado 32 anos, depois do surgimento da Semana da Arte Moderna, em 1922. Nossa cidade está sempre se arrastando culturalmente a passos de cágado. Que coisa.
Manaus não cresceu, inchou com a explosão da Zona Franca. E, desordenadamente. Os novos bairros foram apelidados com nomes de novelas da época em que eram criados (invadidos). Estão aí para prova: Coroado, Vila da Prata, Novo Amanhecer, Vila Sassá, Redenção; e tome novela inspirando nomes de bairros da nossa cidade. Tudo coroado com o Filme espetacular de Joaquim Meirelles, Cidade de Deus, indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro – uma obra que todo político e estudante de sociologia deveria assistir para sentir de perto a problemática brasileira, principalmente no segmento de segurança e educação das nossas crianças abandonadas, milhões delas espalhadas pelas cidades do Brasil, país que, de acordo com a Unesco, é o segundo no mundo em péssima distribuição de renda e campeão mundial de miséria. Uma vergonha, apesar de sermos a 6ª economia mundial, já suplantando a Inglaterra, país de Primeiro Mundo. Horrível, mas em algumas periferias das grandes capitais a população vive tal qual o povo etíope e de outros países pobres da África.
O inchaço passou da conta. Vejo no jornal o governador andando nas pontes de madeira para acudir a população alagada. Bato palmas. Mas não posso deixar de lembrar, que este grupo político ao qual o Governador pertence, está no poder há 40 anos, e nada fizeram para solucionar a problemática das calamidades. Todo ano enche e todo mundo sabe disso. Parece até que nós gostamos de apanhar, cantando aquela música de sucesso: “Me bate que eu gosto”.
Gostaríamos de voltar ao passado, quem sabe. Mas não temos aquele skate voador de Michael J. Fox, nem o carrão do professor e cientista que viaja no tempo, para consertar o que está errado.
Uma coisa é certa. Apesar dos shows e dos quase 300 mil pagos ao Fábio Jr. Para cantar meia hora de show. Com esse dinheiro daria para a prefeitura construir mais de uma dezena de casas populares, para essa gente que mora em palafitas e vivem de forma subumana, não tem casa própria e pagam aluguel. Manaus, continua no passado, na idade média, isto é, temos duas Manaus: No primeiro grupo temos poucos com muito, com padrão de vida que podemos comparar aos padrões europeus. O segundo grupo é composto por migrantes que vieram para Manaus, em busca de melhores condições de vida, e hoje, vivem na miséria, moram na periferia em cima ou as margens de rios, lagos e igarapés poluídos.
 Manaus, que deveria ser uma ilha de prosperidade, se a distribuição de renda fosse feita de forma equânime, como isto, não acontece, passamos a viver em uma Metrópole, cercada de miséria por todos os lados, onde a violência, a cada dia que passa é crescente, face a desigualdade social gritante que vivemos. (Por: Paulo Onofre).