Márcia
Siqueira fez um desabafo no Facebook. Foto: Arlesson Sicsú
A
assessoria da ManausCult informou, por voltas das 16h, que a Secretaria ainda
prestará informações sobre o assunto. Músicos reclamam da falta de diálogo com
o órgão.
Manaus - O atraso no pagamento do cachê dos
artistas do Amazonas que se apresentaram na Virada Cultural 2012, ocorrida nos
dias 26 e 27 de maio, em Manaus, gerou protestos no Facebook. Músicos alegam
não obter informações da Fundação Municiapal de Cultura e Artes (ManausCult)
sobre novo prazo para o pagamento.
A informação surgiu após a cantora Márcia
Siqueira desabafar na noite desta terça-feira (05), em sua página no Facebook,
sobre o descaso e desvalorização do artista amazonense. Márcia declarou que já
tentou contato com a Secretaria várias vezes, mas não obteve resposta.
"Estou muito chateada pelo fato de não
atenderem o telefone. Ninguém emitiu nenhum documento, não entraram em contato
conosco e não se manisfetaram em nada. Penso que, quando você se compromete a
fazer um evento desse porte, você tem que pensar e esquadrinhar tudo isso e
colocar em prática. O que me revolta é pelo fato de sermos os últimos a saber,
até a programação local saiu uma semana antes. Sinto que estávamos ali só pra
constar que existe atração local, pois não há diulgação do nosso
trabalho", lamentou.
De acordo com a cantora Lucilene Castro,
também Conselheira de Cultura do Município, a informação obtida na Fundação,
através do comparecimento no local, é de que o pagamento será efetuado até
sexta-feira (08).
"Conversei com o diretor
administrativo e ele informou que até sexta-feira seria efetuado o pagamento.
Mas achei uma uma resposta um pouco vaga e também esse dia será ponto
facultativo. O que nos deixa descontente é a falta de informação, pois a
princípio ficou acertado que seria pago na sexta seguinte, só que ninguém mais
deu nenhum tipo de posicionamento", declarou
Lucilene também reclamou da desvalorização
do artista amazonense durante a Virada. Trocas na programação, estrutura
privilegiada para artistas nacionais apontam, segundo a cantora, para a
discriminação do artista manauara.
"É óbvio que os artistas nacionais são
a grande atração do evento, isso é natural. Cada artista tem seu valor e seu
trabalho, mas o tratamento deve ser o mesmo. Eu me apresentei no Teatro
Direcional, tive um palco bom, luz boa, não tive problemas. Mas o que observei
é que colegas tiveram seu horário mudado em cima da hora, como a Alaídenegão;
havia camarins diferenciando artistas local do nacional, o que acho
discriminatório, pois parece que o local tem um talento menor, sendo que menos
é apenas a divulgação do trabalho",
De acordo com o presidente do Sindicato dos
Músicos do Amazonas, Everaldo Barbosa, será enviado um ofício para saber os
motivos pelos quais a Secretaria ainda não fez o pagamento.
"Vamos entrar em contato na
segunda-feira (11), através de um ofício, informando sobre essa questão do
pagamento. Soubemos dessa situação em reunião do Fórum Permanente de Música,
que aconteceu nesta segunda. Vamos aproveitar a oportunidade para dialogarmos
com o poder público quanto ao formato da Virada, sobre o que seria melhor para
Manaus e para nossos artistas", adiantou o presidente.
Fonte:
Anayra Benevides.
portal@d24am.com - 06 Jun 2012 . 16:57 h
