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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Natal com trânsito caótico



O trânsito de Manaus, se transformou numa guerra espartana  aliás aqui  em Manaus já estão casando homem com homem
Sousândrade, genial e épico poeta brasileiro, natural do Maranhão , terra de Gonçalves Dias, ora bolas, escreveu nos idos de 1860, época do mesmo, Casimiro de Abreu, Varela e outros filhotes do romantismo francês,sempre trazendo Musset, Lamartine e Vitor Hugo à tiracolo, inclusive Castro Alves, que era oondoreiro influenciado demais pelo dito, apesar de ser talentoso, pois bem, Joaquim de Souza Andrade  estava 100 anos à frente da turma citada, e escreveu O inferno de Walt Street, genial trecho do épico o Guesa Errante, poema que influenciou  até os concretistas e a poesia de vanguarda, segundo os Irmãos Campos.
A balburdia desse poema revolucionário, casa exatamente com o trânsito caótico do centro de Manaus, que mais parece uma t ela surrealista de Salvador Dali, dada as circunstâncias fantasmagóricas  que está exposta para conflitar cada vez mais a cabeça do povo manauara.
Os motoristas são os campeões de abuso gera, atravessando sinal, fazendo acostamento ilegal, como se eles pudessem tudo, como fizeram certa vez naquele caso do Delmo  Ferreira   que não era Santo, mas foi esquartejado por profissionais do volante num ruidoso caso que foi manchete no mundo inteiro.
Há bons motoristas, sabemos disso, mas que os caras são abusado, ah, isso são, e os taxis engarrafam o centro, pois entre   10 caros 5 são taxis,  Precisamos controlar isso com urgência.
Tal incidente nos remete a uma perplexidade. Se estamos há 3 anos da copa e a coisa já está assim, imagine no tempo dela, e muita  vela de emergências tem que ser queimada se   quisermos acender uma luz para clarear um caos de transito evidente  nos tempos que virão.
Será necessário contratar um especialista  no assunto se quisermos tirar o pé da lama, pois do jeito que vai , a vaca vai pro brejo, igual aquela cena genial do filme 300, quando Leônidas força os adversários a cair no abismo  sem trégua.
O trânsito de Manaus, se transformou numa guerra espartana  aliás aqui  em Manaus já estão casando homem com homem, vôte, e tudo isso em época de Natal.
Alexandre Otto.
[é poeta e membro do
Clube da Madrugada.,
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NATAL SEM IDENTIDADE



Bernardo Cabral, mais afoito do que eu, me disse: - então vamos logo, antes que termine. Fiz o meu prato de mau-educado e quando olhei o prato do namorado da  Zélia, o dito tava de cucuruta, um assombro.
No pandemônio do Centro de Manaus, abarrotado de vendedores ambulantes de toda ordem, mais parecendo uma daquelas peças cinematográficas, com Leonardo Di Caprio à volta com diamantes de sangue e mais o atraso de Serra Leoa, uma senhora der aspecto  guerreiro, olhar de arapapá e cintura de tabua, mas linda  pelo sorriso de 32 dentes alvos que todo amazonense possui, exclama para o filho de uns cinco anos mais ou menos: - cuidado com o carro Deivid,  e bebe logo essa coca cola , menino danado.
O curumim travesso, um autêntico ticuna de rosto, cabelo em pé que nem piaçava, bebe rápido a lata de coca cola e se acomoda entre a multidão natalina que faz compras no centro de nossa capital.
O garoto poderia chamar-se mundinho, tapioca, giju, ou Arsitiobaldo, mais não sei o quê, mas justamente seu nome é Deivid, e isso acontece também lá no murumurutuba e no resto do interior amazonense, o certo é que estamos perdendo a nossa identidade cabocla.
Certa vez estávamos na casa do deputado Nonato Oliveira, e íamos jantar uma tartarugada feita pela Lindimar, mulher dele e irmã do Lupércio, quando a anfitriã me segredou: “vão logo fazer o prato de vocês porque a tartaruga é pequena”. Olhei para o lado e sabendo que o Bernardo era apaixonado pelos pratos do dito quelônio, convidei-o à atacar a cozinha do negão que nesse tempo era candidato à governador do Estado. Bernardo Cabral, mais  afoito do que eu, me disse: - então vamos logo, antes que termine. Fiz o meu prato de mau-educado e quando olhei o prato do namorado da  Zélia, o dito tava de cucuruta, um assombro.
É que não tem petisco igual no mundo que supere a nossa tartarugada, o paxicá, o sarapatel, etc., pois bem comemos à vontade aquele manjar dos deuses inesquecível.
Hoje, internautas, estamos comendo hambúrguer regado a catchup e maionese, esquecemos de vez o tucupi, o arubé, e tem gente que nunca provou um creme de pupunha, ora bolas.
Deveria haver nas escolas pelo menos uma página que ensinasse às nossas crianças, as coisas da terra. Mas já que o Natal está na porta, rezamos para que o mundo não se acabe amanhã, como os embusteiros acreditam que os maias profetizaram, que tal uma ceia     com tambaqui assado na brasa, acompanhado daquele delicioso licor de cacau  que a tia Maroca fazia lá no beiradão do Paraná da Eva. Que saudade Tio Xandico!

Feliz Natal e Prospero 2013!

Alexandre Otto,
é poeta e membro
do Clube da Madrugada.