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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

A CORAGEM DE UM DIPLOMATA





A diferença entre a teoria e a prática pode ser eliminada por um ato de desassombro. Foi o que aconteceu no fim da semana, quando um diplomata brasileiro resolveu aplicar, por sua conta e risco, os princípios humanitários dados como indissociáveis da política externa do País. Em toda parte, o Itamaraty exorta a comunidade internacional a dar prioridade aos direitos humanos. Faltou fazer o mesmo dentro da própria casa - a embaixada em La Paz. A omissão levou o encarregado de negócios da representação, ministro Eduardo Saboia, a tomar uma iniciativa inédita. Ela pode ter salvado a vida do senador boliviano Roger Pinto Molina, de 53 anos, que completaria na última sexta-feira 452 dias de confinamento numa dependência da embaixada onde se asilou, em maio do ano passado.
Eleito pela Convergência Nacional, partido de oposição ao presidente Evo Morales, ele tem contra si uma vintena de processos por alegados delitos que incluem corrupção, desacato (ao acusar Evo de proteger o narcotráfico), dano ambiental, desvio de recursos e até assassínio. O asilo foi concedido pela presidente Dilma Rousseff dias depois. Evo criticou a decisão, recusou-se a dar ao asilado o salvo-conduto para viajar ao Brasil e acusou o então embaixador brasileiro de "pressionar" o país. À medida que o impasse se arrastava, mais evidente ficava que o Itamaraty não só não pressionava o líder bolivariano, como o tratava com um descabido temor reverencial. Essa política de luvas de pelica foi inaugurada, como se recorda, pelo então presidente Lula.
No Primeiro de Maio de 2006, começando o seu primeiro mandato sob uma barragem de protestos pelo não cumprimento de promessas eleitorais, Evo nacionalizou o setor de gás e petróleo, e mandou invadir militarmente uma refinaria da Petrobrás. Em plena sintonia com o à época chanceler Celso Amorim e com o assessor de relações internacionais do Planalto, Marco Aurélio Garcia, Lula só faltou cumprimentar o vizinho pela violência. Mudaram os nomes, mas a tibieza persiste. Na conturbada história do continente, asilo político e salvo-conduto representam uma tradição secular - uma ou outra exceção apenas confirmam a regra. Mas a diplomacia brasileira não há de ter tido a coragem de invocar essa realidade para mostrar a Evo que a sua atitude era insustentável, além de ofensiva à política brasileira de direitos humanos.
Salvo prova em contrário, o Itamaraty não se abalou nem ao ser informado dos exames que constataram a deterioração física e mental do senador - que falava em suicídio. Não era para menos. Como Saboia desabafaria numa entrevista à Rede Globo, "eu me sentia como se tivesse um DOI-Codi ao lado da minha sala de trabalho", em alusão ao aposento em que vivia o asilado. "E sem (que houvesse) um verdadeiro empenho para solucionar o problema." Duas vezes ele foi a Brasília alertar, em vão, o Itamaraty. Chegou a pedir para ser removido de La Paz. Enfim, diante do "risco iminente à vida e à dignidade de uma pessoa", agiu. Acompanhado de dois fuzileiros navais que serviam na embaixada, em dois carros com placas diplomáticas, ele transportou Roger Pinto a Corumbá, do lado brasileiro da fronteira, numa viagem de 22 horas iniciada na sexta à tarde.
No final da noite de sábado seguiram para Brasília, a bordo de um avião obtido pelo senador capixaba Ricardo Ferraço, presidente da Comissão de Relações Exteriores da Casa, mobilizado pelo diplomata. Apanhado no contrapé, o Itamaraty anunciou que tomará "as medidas administrativas e disciplinares cabíveis". Melhor não. No clima que o País anda respirando, Saboia pode virar herói - e o governo, carrasco. De seu lado, La Paz pediu que o Brasil recambie o "fugitivo da Justiça" - o que ele não é, porque em momento algum deixou tecnicamente território brasileiro. Autoridades bolivianas ressalvaram que o caso não afetará a relação bilateral. Mas, para Evo, provocar o Brasil sempre serviu para fazer boa figura junto às suas bases, a custo zero.
Cabe ao Itamaraty, até para se penitenciar da dignidade esquecida durante o confinamento do senador, reagir com dureza a uma nova bravata de Evo. E aprender com o seu diplomata a ser mais coerente com o que apregoa.



DECISÃO SOBRE DONADON PODERÁ ACELERAR VOTAÇÃO DA PEC DO VOTO ABERTO



Manutenção de mandato de deputado preso também reabre discussão sobre cassação automática de deputados condenados. Repudia-se a conduta da maioria que votou pela manutenção do mandato e também pelos deputados que fugiram de sua responsabilidade favorecendo a corrupção e a impunidade.
A decisão do Plenário, ontem (28), de manter o mandato do deputado Natan Donadon (PMDB-RO), condena do pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por crime de peculato e formação de quadrilha, reabriu as discussões, entre parlamentares, sobre o voto aberto para votações na Câmara, prevista em duas propostas de emenda à Constituição (PECs) em análise na Casa. Além disso, ganha força a discussão sobre a possibilidade de parlamentares condenados serem cassados automaticamente, sem precisar da aprovação de da respectiva Casa Legislativa.
O relator da PEC do Voto Aberto (196/12), que acaba com o voto secreto nos processos sobre cassação de mandato parlamentar, deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP), afirmou que fará no máximo duas audiências públicas na comissão especial sobre o assunto, para “viabilizar rapidamente” a votação da matéria em Plenário. “O voto secreto é um resquício da ditadura, que não podemos mais aceitar no Parlamento brasileiro”, afirmou. “Não tenho dúvida alguma que, caso o voto fosse aberto, a decisão relativa ao caso Donadon teria sido outra”, complementou.
A PEC 196/12, do senador Alvaro Dias (PSDB-PR), já foi aprovada no Senado e pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara. Agora aguarda votação na comissão especial, antes de ser analisada pelo Plenário. Se for aprovado pedido de urgência para a matéria, ela poderá ser apreciada diretamente pelo Plenário.
Para todas as votações: O líder do PSol, deputado Ivan Valente (SP), e o líder do DEM, deputado Ronaldo Caiado (SP), defenderam o fim do voto secreto não apenas para os processos de cassação, mas para todas as votações no Legislativo, previsto na PEC 349/01, que está em discussão na Câmara há 12 anos. “É possível que agora tenhamos avanços nessa direção”, afirmou Valente, que é coordenador da Frente Parlamentar pelo Voto Aberto.
A PEC 349 foi aprovada em primeiro turno pelo Plenário da Câmara em 2006, mas não houve consenso para a votação em segundo turno. Depois, a proposta ainda precisa ser analisada pelo Senado.
 “A aprovação imediata do voto aberto para todas as decisões do Legislativo será uma maneira de pedir desculpas à população brasileira pelo episódio ocorrido ontem”, afirmou Caiado. Ele destacou que o processo de cassação de Donadon foi aprovado por unanimidade na Comissão de Constituição e Justiça, onde o voto foi aberto.
Caso do "mensalão": Caiado descartou a possibilidade de caso semelhante ocorrer com os deputados condenados no caso do chamado “mensalão”, já que o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, disse que, enquanto for presidente da Casa, não submeterá a voto nenhum outro processo de perda de mandato com votação secreta. Alves defendeu ainda a aprovação da PEC 196.
Diferentemente do caso de Donadon, no julgamento do “mensalão”, o STF determinou a perda automática dos mandatos dos deputados condenados. Assim, pelo entendimento do STF, a cassação do mandato de deputado condenado no “mensalão” teria de ser apenas decretada pela Mesa Diretora da Câmara, e não aprovada pelo Plenário.
Porém, posteriormente, com nova composição, o Supremo teve entendimento diferente, no caso do senador Ivo Cassol (PP-RO), avaliando que caberia ao Congresso definir o destino do mandato de um parlamentar condenado. Por isso, segundo o ministro Marco Aurélio Mello, o assunto deverá ser novamente discutido na Corte, até porque o deputado condenado no “mensalão” João Paulo Cunha (PT-SP) tratou desse tema em seu recurso.
De acordo com o professor da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília Cristiano Paixão, a Constituição é muito clara neste sentido: “O parlamentar é condenado criminalmente pelo STF, mas a perda do mandato depende da Casa Legislativa a que ele pertence; enquanto não se mudar a Constituição é assim.”
Cassação automática: Para resolver o conflito, o deputado Roberto Freire (PPS-SP) defende a aprovação da PEC 18/13 (do Senado), que determina a perda automática dos mandatos de parlamentares condenados em sentença definitiva. Pela PEC, já aprovada pela Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania do Senado, a cassação do mandato passa a ser imediata, mediante comunicação do Poder Judiciário. “A Câmara não pode ser um tribunal que julgue e reveja decisão do Judiciário”, disse Freire. A matéria agora segue para votação em dois turnos no Plenário do Senado, e em seguida precisa ser aprovada pela Câmara.
Essa posição também foi defendida pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, “A resposta do Parlamento para o episódio de ontem deve ser a aprovação imediata da PEC 18/13”, afirmou.

Íntegra da proposta:

RONDA NO BAIRRO FAZ PARTE DA PAUTA DO JARAQUI



A Tribuna Popular do Projeto Jaraqui deste Sábado (31) vai discutir o programa do governo do Amazonas, Ronda no Bairro, com objetivo de compreender sua dinâmica quanto à organização e gestão, os desafios enfrentados e, sobretudo, a participação efetiva dos agentes comunitários, assegurando a continuidade do programa com aval das organizações populares. A coordenação do Jaraqui quer aprofundar o debate e para isso está convidando lideranças comunitárias, o Deputado Cabo Maciel, Presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa do Estado, assim como também os representantes da polícia militar que respondem pelo programa Ronda no Bairro. A Tribuna Popular do Jaraqui realiza-se todos os sábados na Praça da Polícia, na República Livre do Pina, no Centro Histórico de Manaus, das 10 às 12h, com a participação de professores, formuladores de políticas públicas, estudantes da rede pública e da Universidade Federal do Amazonas, lideranças partidárias, educadores sociais e militantes da cultura, entre outros presentes.
O Ronda no Bairro é um programa de governo de caráter eventual, sua permanência junto às comunidades e bairros de Manaus requer do governo Omar Aziz e da Assembleia Legislativa do Estado atitude firme e determinante, visando à transformação deste programa em políticas públicas como ação de Estado e não mais como ação conveniada terceirizada marcada por locação de veículos, bem como os outros meios necessários para garantir a segurança da população nos bairros de Manaus. O debate promete calorosa discussão na perspectiva de acordar os desatentos e alienados, despertando nas lideranças comunitárias, nos parlamentares responsáveis, nos formuladores de políticas públicas e no eleitor consciente a vontade de julgar a conduta dos seus governantes, parlamentares e demais representações que disputem nas urnas o direito de falar em nome deste povo, que reclama cada vez mais por segurança responsável e acesso às políticas públicas amparado pelo direito de participar organicamente das decisões de governo referentes às políticas de Estado, afirmando desta feita a cidadania e a soberania popular. 

A PERGUNTA DA SEMANA

O Programa Ronda no Bairro:

(   )    Garante a Segurança das Comunidades?
OU
(   )    É um Programa Eleitoreiro?



     

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

IX TROFÉU ÍNDIO PAUXI







Vereador Mário Frota e Paulo Onofre, entregando o Troféu Índio Pauxi aos agraciados de 2012
Acontecerá no dia 28 de setembro, em Manaus, a 9ª edição do “Troféu Índio Pauxi”. A festa de entrega do troféu será realizada no CLUB FAZENDÁRIO, numa promoção da Associação dos Obidenses Residentes em Manaus – ADORM.
O objetivo do Troféu Índio Pauxi, segundo o regulamento “é premiar anualmente obidenses ou entidades que mais se destacaram, prestando relevantes serviços à sua comunidade nas mais diversas áreas, na expressão de agradecimento e aplausos de toda a nossa terra, por seu profissionalismo e comportamento de cidadão exemplar em prol do ser humano e dos conterrâneos, residentes em Manaus”.
Os agraciados serão escolhidos por uma comissão composta por empresários obidenses e por membros Associação dos Obidenses Residentes em Manaus.
A pessoa ou entidade agraciada com o TROFÉU ÍNDIO, como conhecimento, receberá um Diploma de Mérito e uma estatueta em madeira, simbolizando o Índio Pauxi, significando o valor de quem trabalha com ideal e denodo, por uma sociedade mais próspera e mais justa.
Assim, os organizadores do evento, tendo a frente o obidense Paulo Onofre, se empenham em organizar a festa e escolher os agraciados que receberão o Troféu, os quais muitas vezes, migraram para Manaus, Belém, ou outra cidade, enfrentando vários percalços, vivendo longe de suas famílias e mesmo assim venceram todos os obstáculos e importante destacar: não esqueceram suas raízes.