Total de Visitas

segunda-feira, 1 de abril de 2013

PASSANDO O BRASIL A LIMPO: ARQUIVOS DO DOPS SERÃO LIBERADOS EM SÃO PAULO

Governo de São Paulo joga na internet os fichados pelo Serviço Nacional de Informação. Sobre a matéria o governo do Amazonas pouco ou nada faz. O silencia também é cumplicidade.

Edison Veiga

                                        SÃO PAULO - O Arquivo Público do Estado de São Paulo deixará disponível online, a partir da semana que vem, 274.105 fichas e 12.874 prontuários produzidos pelo Departamento de Ordem Política e Social, o Dops-SP (1923- 1983). O material, que equivale a cerca de 10% de todo o acervo, poderá ser acessado no site www.arquivoestado.sp.gov.br.
                                        O Dops paulista foi uma das principais centrais da repressão da ditadura militar (1964-1985), de onde o governo controlava e reprimia movimentos políticos contrários ao regime. O local foi palco de torturas e mortes.
                                        “É apenas o começo. Continuamos o trabalho de digitalização e, nos próximos anos, iremos disponibilizar todo o material”, afirma o coordenador Carlos Bacellar. A divulgação oficial acontecerá em evento na segunda-feira no Arquivo Público do Estado de São Paulo, com a presença do governador Geraldo Alckmin (PSDB), palestra e mesa-redonda com especialistas.
                                        O material publicado online facilita o acesso do cidadão à documentação do Estado – das fichas publicadas, boa parte é nominal, ou seja, fichas pessoais –, e ao mesmo tempo abre uma fonte de pesquisa a estudiosos, jornalistas e público em geral. Até agora, era preciso ir pessoalmente ao Arquivo do Estado, no centro paulistano, para consultar esses documentos. Entre os milhares de fichados, há muitas personalidades.

Fonte:  http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,arquivos-do-dops-sobre-a-ditadura-serao-liberados-na-internet-na-segunda-feira,1014478,0.htm


NA PAIXÃO DE CRISTO, OPERÁRIO É SACRIFICADO



E tropeçou no céu como se fosse um bêbado/ E flutuou no ar como se fosse um pássaro/ E se acabou no chão feito um pacote flácido. (Chico Buarque de Holanda)

Ademir Ramos (*)

Tempo é dinheiro. Na pressa de entregar a obra “no prazo religiosamente prometido”, a empresa Andrade Gutierrez faz virada para concluir o Estádio da Copa - 2014, também chamado de Arena da Amazônia, situado na Zona Centro-Oeste de Manaus (AM). Esta intensa jornada de trabalho sacrificou na noite de quinta-feira (28), as vésperas da Paixão de Cristo, o operário Raimundo Nonato Lima da Costa, 49 anos, que teve morte instantânea causada por traumatismo craniano depois de cair de um dos pilares da Arena.
Nome de santo, com certeza de família religiosa, Nonato, como era mais conhecido entre os amigos, dedicava-se ao seu trabalho pensando em celebrar a Páscoa em família, que por maldade ou descaso foram silenciados nos noticiários de imprensa – sem vez e sem voz. Quem era ele? Como vivia? Gostava de futebol ou não? Onde morava? Não interessa. Para Andrade Gutierrez, o que interessa mesmo é o trabalho, é o ritmo de produção acelerado, é a máquina em ação, contanto que a obra não pare e cumpra-se o cronograma definido e sacramentado.
O fato ocorrido parece isolado, mas se computarmos o número de operários sacrificados na construção civil teremos um quadro dantesco. O Nonato é apenas um numa estatística de milhares.
O fenômeno em si é recorrente e histórico. Vejamos, por exemplo, o contexto emancipatório do povo de Deus no Egito, que vivia também sob o trabalho escravo inserido num intenso ritmo de produção tendo por objeto a construção das pirâmides.
A celebração da Páscoa judaico-cristã é este momento litúrgico de profunda reflexão centrada nas lutas sociais; na organização dos movimentos libertários; no combate a exploração do trabalho; nas garantias dos direitos da pessoa humana, a exigir condições dignas de trabalho numa perspectiva espiritual e socialmente justa.
Enquanto a empresa diz lamentar a morte de mais um operário em construção, seus peritos talvez façam de tudo para provar que o fato ocorreu por única responsabilidade daquele que em vida se chamou Raimundo Nonato Lima da Costa. Com efeito, a seguradora não se responsabilizará por indenizar os familiares e se duvidar, ainda irá imputar ao Nonato a pecha de negligente, qualificando o acidente de “falha humana”.
Para os cristãos e aos Bem-Aventurados, neste contexto Pascal, o sacrifício do Nonato é carregado de simbolismo. Acontece numa área esportiva tal como o Coliseu, onde o Papa Francisco, nesta data, celebra a Via Sacra da Redenção. Ocorre também, em regime de trabalho intenso, num canteiro de obra de um megaprojeto tal como o das Pirâmides. E para completar, o operário sacrificado traz em si o nome de um santo que encerra em seu nascimento, o milagre da salvação e quem sabe sirva de luz para o cumprimento da Justiça do Trabalho nas trevas dos canteiros de obra do Brasil.

(*) É professor, antropólogo e coordenador dos projetos Jaraqui e do NCPAM/UFAM. 

SEGUNDO TURNO NA UFAM: PERALES OU PUGA?




Márcia Perales recebeu 48,6% dos votos, enquanto Sylvio Puga ficou com 33,1%, seguido pelo professor Henrique Pereira, com 18,2%.


A Comissão Central de Consulta (CCC) alocada na Associação dos Docentes da Universidade Federal do Amazonas anuncia o resultado em definitivo da consulta feita juntos aos servidores, professores e alunos da UFAM. O que se sabe é que teremos segundo turno, pois, os percentuais dão conta que a reitora Márcia Perales foi a mais votada com 48,6%, o Diretor da Faculdade de Estudos Socais, o professor Silvio Puga conseguiu 33,1% e o professor Henrique Pereira obteve 18,2%. Com estes índices pode-se garantir que  no dia 4 (quinta-feira) os universitários voltarão às urnas. As articulações já começaram e o professor Henrique Pereira passa a ser procurado por ambos candidatos. Contudo, pela postura e propostas apresentadas nos debates, o ex-presidente da ADUA e do Centro de Ciência do Ambiente deve marchar com a professora Márcia Perales sob a condição de dar um “choque na atual gestão” a começar pela Prefeitura do Campus, a funcionalidade da UNISOL, o fortalecimento dos colegiados com amplo diálogo junto aos agentes responsáveis, em atenção à melhoria do ensino, pesquisa e extensão. Estão habilitados para a votação 34.950 membros da comunidade universitária.

CONFIRA O MOVIMENTO DAS URNAS

Depois de dez horas de apuração dos votos da consulta à comunidade acadêmica para escolha de reitor e vice-reitor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), a Comissão Central de Consulta (CCC) informa que a disputa pela administração superior da instituição será decidida no segundo turno, no dia 4 de abril. Continuam disputando a preferência dos professores, técnicos administrativos e estudantes a reitora licenciada Márcia Perales e o diretor licenciado da Faculdade de Estudos Sociais, Sylvio Puga. O vencedor irá comandar a Ufam no período de 2013 a 2017.
O resultado da contagem dos votos foi divulgado pela CCC, no início da noite desta quinta-feira (28), na presença dos representantes das chapas que disputaram o comando da Ufam. Márcia Perales recebeu 48,6% dos votos, enquanto Sylvio Puga ficou com 33,1%, seguido pelo professor Henrique Pereira, com 18,2%.
De acordo com avaliação da CCC, a apuração do resultado ocorreu dentro da expectativa. “Foi um processo extremamente eficiente, dentro do que prevíamos em virtude da votação ter sido manual”, disse a presidente da Comissão, Ana Cristina Belarmino. Ela acrescentou que a CCC vai engendrar esforços para corrigir eventuais falhas que ocorreram durante a votação. “Vamos tentar corrigir algumas irregularidades, sobretudo com algumas listagens, que estavam desatualizadas”, afirmou.
A presidente da CCC aproveitou a oportunidade para agradecer a todos os que contribuíram com o processo de votação e já conta com a disponibilidade dos representantes de cada segmento da comunidade acadêmica para o próximo turno. “Os mesários já ficam convocados para o segundo turno”, completou.
Abstenções - Do total de quase 35 mil pessoas aptas a votar, somente 8.391 compareceram às urnas nesta quinta-feira (27). Desse total, 8.256 votos foram validados. Os demais somam 35 votos brancos e 100 nulos. O índice de abstenção chegou a 76%.
Dos votos válidos, a candidata Márcia Perales recebeu a maior parte dos votos dos servidores: foram 689 dos professores, de um total de 1271 válidos; e 716 votos dos técnicos administrativos, de um total 1293. Já o candidato Sylvio Puga teve melhor desempenho entre os estudantes, com 2.375 votos, de um total de 5.692.
Fonte: Adua