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sexta-feira, 7 de junho de 2013

‘GRANDE CHEFE’ MÁRIO FROTA - UM VEREADOR COM MUITO GÁS


O vereador foi lá, in loco, ver os resultados obtidos pela Gasmig, demonstrando que é bom caboclo, ‘pois mata a cobra e mostra o pau’. Nem que esse possa ser molonbó ou embaúba, ora bolas! Valeu, grande chefe, Mario Frota.

Postulando uma logística moderna, econômica e que preserve os ares de Manaus, o vereador Mário Frota (PSDB), dirigiu-se à Belo Horizonte, para ver de perto as atuações da Gasmig – Companhia de gás de Minas Gerais, no intuito de trazer para a nossa cidade e o nosso povo, os benefícios do gás natural, já que aqui temos em abundância esse combustível mais barato e menos poluidor.
O gás natural já é usado em larga escala em Minas, pois de uma frota de seis mil táxis, 2.360 veículos já usam Gás Natural Veicular - GNV, pois o cito é mais barato que a gasolina, etanol e Diesel, e não polui o ar que respiramos.
Quando você roda 60 quilômetros por dia em seu carro utilizando gasolina, mensalmente você gasta R$ 474,73 e se este mesmo veículo usar o GNV você gasta RS 258,82. Portanto, faz uma economia de RS 206,03, e o meio ambiente agradece, estes  números são promissores nesses tempos difíceis de inflação voltando, e crise econômica mundial assustadora.
Seria importante que o nosso diligente vereador, convidasse a diretoria da GASMIG – Companhia de Gás de Minas Gerais, como também o presidente do Sindicato dos Taxistas de Belo Horizonte  e o presidente do Sindicato dos taxistas do Rio de Janeiro, onde quase 100% dos taxis, usam GNV,  para participarem de  uma audiência pública na Câmara Municipal, para  dissertar suas experiências no setor.
Na China os ônibus usam Gás Natural desde 1982, USA Flórida e Califórnia desde 2008, Suécia desde 2012, México e Peru desde 2006. Estes são alguns países que optaram ter veículos movidos a gás, no transporte público, já que estamos à beira da Copa, e não teremos monotrilho, metrô de superfície, e não há perspectiva de solução para os problemas de transporte em nossa cidade.
É bom lembrar que só temos seis meses de verão, para trabalhar pelo sucesso desse evento de contorno mundial,
Outra coisa: será que é só o Mário Frota que está preocupado com Manaus e seu povo? O fracasso de uma cidade subsede será uma vergonha para todos nós.
Gostaria que o prefeito de Manaus, Arthur e o governador Omar, escutassem o nosso incansável edil, sobre a questão, já que o mesmo foi lá in loco ver os resultados obtidos pela Gasmig, isto é, demonstra que é bom caboclo, pois mata a cobra e mostra o pau. Nem que esse possa ser molonbó ou embaúba, ora bolas. Valeu, grande chefe, Mario Frota.

Alexandre Otto,
é poeta e membro do
Clube da Madrugada.
  








POLÍTICA NA PRAÇA: PROJETO JARAQUI RETOMA AS DISCUSSÕES NESTE SÁBADO



Após quatro meses em recesso, o Projeto Jaraqui, formado por professores e intelectuais, volta a tribuna popular na praça Heliodoro Balbi, em Manaus

Mariana Lima (*)
A Zona Franca de Manaus, o financiamento da educação e a construção da usinas hidrelétricas no Amazonas serão os primeiros temas a serem abordados no Projeto Jaraqui. Os encontros e discussões que acontecem em praça pública voltarão a ser semanais e pretendem estimular ainda mais o uso da tribuna popular.
O Projeto Jaraqui nasceu no final da década de 70 com o apoio de intelectuais e professores. A intenção do projeto é discutir com a população assuntos ligados a política, economia e cultura sem ligações diretas com partidos políticos.
Em recesso desde o ano passado, os encontros na praça Heliodoro Balbi (Praça da Polícia), retomam às 10h de hoje e se seguem nas próximas semanas, sempre aos sábados. Segundo um dos coordenadores do Projeto, e professor da Universidade Federal do Amazonas, Ademir Ramos, a primeira reunião será para divulgar o calendário das atividades.
“Vamos apenas conversar com os participantes sobre as discussões que queremos levar para a praça. O primeiro e o segundo tema já foram definidos, mas queremos ouvir a opinião das pessoas sobre isso”, disse.
Marcado para o dia 8 de junho sob o tema de “Educação, Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico”, o projeto pretende levar a praça assuntos considerados polêmicos. “Vamos falar sobre  a valorização dos professores, educação de qualidade, financiamento da educação e a educação indígena de qualidade. Além disso vamos discutir sobre o modelo de Zona Franca implantado hoje e o medo de perdemos esse sistema. A intenção do Governo Federal de construir 42 hidrelétricas no rio Tapajós e os impactos que isso trará tanto para o meio ambiente quanto para os moradores daquela área também será discutido no próximo sábado”, disse.
A contratação ou não de médicos estrangeiros está previsto para ser discutido no sábado dia 15, informou Ramos. A intenção do grupo será levar parlamentares e  associações de médicos para discutirem os prós e ou contras na contratação de estrangeiros.

(*) É jornalista de A Crítica de Manaus.



SAIA JUSTA NA POLÍTICA MANAUARA



O governo Artur Neto tem procurado dar continuidade às obras que se encontravam por ser concluídas
Ademir Ramos (*)
O sistema eleitoral no Brasil encontra-se ainda assentado nos interesses das oligarquias paroquiais em contraponto às metrópoles urbanas e industriais, exigindo dos governantes coalizões convenientes que afrontam a racionalidade política programática em prejuízo a qualidade da gestão republicana. É o caso da Prefeitura de Manaus, tendo a frente o renomado Artur Virgílio Neto, que com muito cuidado escolheu o seu time para governar a capital do Estado visando o reordenamento das instituições em atenção às demandas populares, incentivando o acesso as políticas públicas sob orientações da oferta de serviço de qualidade em respeito à cidadania e ao movimento social.
O governo Artur Neto tem procurado dar continuidade às obras que se encontravam por ser concluídas. Além de tocar estas obras e os serviços afins, Artur Neto tenta também ampliar suas relações junto ao governo federal com firme propósito de celebrar convênios para sanear os problemas estruturantes que impactam a cidade, sua gente ao ponto de comprometer o futuro de Manaus seguido da qualidade de vida do seu povo. O desafio é grande para construir esta liga que resulte em projetos e programas com as garantias Republicanas. Ademias, competência e habilidade no processo de gestão municipal confrontam-se com interesses eleitoreiros dos subalternos, criando uma “saia justa” na gestão da Prefeitura de Manaus.  
É o caso das propagandas do PSDB e do DEM veiculadas na mídia local. Em princípio nada de mais, contudo é importante atentar para o caráter organizacional da gestão municipal. Poder legítimo este centrado no Prefeito Artur Neto, que se valendo desse diploma legal nomeou o Deputado Pauderney Avelino (DEM) para a secretaria municipal de educação. Ambos os partidos, programaticamente fazem oposição ao governo petista. Ambos também recorrem aos programas federais do Ministério da Educação em atenção a ensino básico para proclamar a sua marca na gestão municipal provocando um nó na cabeça dos eleitores mais atentos.
As inserções partidárias na mídia são legais. O que se discute é o processo de gestão moral, político e programático sob a direção do Prefeito Artur Neto, se esta prática pega o PPS/MD também fará suas inserções dando visibilidade às obras de infraestruturas e outros feitos, deixando o Prefeito “a ver navios” no cinzento horizonte político eleitoral das alianças para 2014.  
Outros afirmam também que esta prática é marca identitária de um governo de coalizão democrático e participativo. Certamente não temos nada contra, o que discutimos é a direção política do processo de gestão municipal visto que os ensinamentos milenares de Sun Tzu dão conta que “um chefe consumado cultiva a Lei Moral e adere estritamente ao método e disciplina; portanto, está em seu poder controlar o sucesso. A mesma coisa para a tática.”
Sucesso e Tática é a marca da inteligência de um governo indutor do desenvolvimento da cidade. No passado, Artur Neto fazia referência ao conselho do Presidente Tancredo Neves, que ensinava aos catecúmenos da política, que não se deve nomear quem não se pode demitir. Na verdade, até pode, mas o mal-estar será geral, então dá-lhe corda aos afoitos para que com o seu próprio ato cometa o desespero de voar sem teto. Talvez seja esta a tática, sabe lá.   

(*) É professor, antropólogo e coordenador do Jaraqui e do NCPAM/UFAM.   


ARQUEOLOGIA MOSTRA SUAS DESCOBERTAS EM ITACOATIARA





                                                Ellza Souza (*)
A abertura da I Mostra de Arqueologia e Patrimônio do Baixo Urubu na noite do dia 28 de maio de 2013 em Itacoatiara, foi intensa para mim. Ver aquelas pessoas, os convidados e a comunidade em geral, curiosas, em torno daqueles fragmentos que contam histórias de quem viveu em lugares como Silves e Itacoatiara, região do baixo rio Urubu, onde foram encontrados. Para chegarmos até aqui com esse conhecimento tão avassalador e moderno, precisamos das civilizações que viveram antes da gente e nos deram  outros conhecimentos, outras experiências. Precisamos, sim, da arqueologia, da ciência como um todo, para nos dar entendimento dessa evolução e dessas culturas. Pessoas conhecidas como o historiador Francisco Gomes da Silva, a pedagoga Glória Saenz, o representante do Grupo André Maggi, a Secretária de Educação do município, a arqueóloga e responsável pelo projeto Helena Lima e outros.
Por isso me interesso pela arqueologia e fui a essa exposição, em Itacoatiara. A experiência valeu muito a pena. Como disse a coordenadora do projeto Baixo Urubu, Helena Lima: “Na arqueologia ninguém trabalha sozinho” e que venham mais interessados nesse estudo principalmente em relação à Amazônia que, por falta de interesse da sociedade (governo e povo), muito está se perdendo irremediavelmente mas ainda temos muito a salvar e entender. A peça que mais chamou a atenção na mostra foi uma urna funerária encontrada em boas condições no sitio arqueológico de Jauary em Itacoatiara à beira do rio Amazonas, em terras onde será construído o estaleiro da Hermasa.
A exposição acontece até o dia 14 de junho no Centro Cultural Velha Serpa, um belo prédio revitalizado onde funcionou o Matadouro da cidade. A exposição nesse espaço vale também pelo resgate do equipamento, do piso, de fotos, de alguns traços arquitetônicos que servem para avaliação de uma época e de sua história.

“QUERO LIDAR COM VIDAS”
Na noite de abertura da exposição em Itacoatiara um jovem logo me chamou a atenção. Sério, empertigado mas tinha um semblante de felicidade. Fui até ele e marquei uma conversa para depois do evento. Trata-se de Dhalton Jorge Marques Sá, 14 anos, aluno do primeiro ano do ensino médio. Itacoatiarense, foi o vencedor do concurso de redação sobre arqueologia que aconteceu na cidade em 2012. Dhalton, sempre ao lado do orgulhoso pai, Gleuber, professor de Educação Física, me contou que em sua redação, de três laudas, tratou da função que a arqueologia exerce sobre a comunidade; o papel da arqueologia no mundo moderno e ainda discorre sobre a escavação no terreno do Estaleiro da Hermasa onde foi descoberta a maioria dos fragmentos expostos.
“Quero para mim é lidar com vidas”, disse Dhalton. E explicar melhor: “Quero ser socorrista e arqueologia é a minha segunda opção”. Porque arqueologia, perguntei. “Ela resgata coisas que a maioria não quer descobrir”. Os amigos do jovem estudante lhe perguntam: “Pra escavar fósseis”?

E Dhalton nos dá uma aula:

“Eles desconhecem a arqueologia”.
“O Projeto Baixo Urubu é importante porque mostra pra comunidade o valor que a arqueologia tem”.
“Não interessa o nosso presente se não soubermos o nosso passado, as nossas origens”.

(*) É escritora, jornalista e articulista do NCPAM/UFAM.