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quarta-feira, 2 de abril de 2014

XINAIK MEDEIROS: DEPOIS DE MELO E OMAR AGORA FOI A VEZ DE PRACIANO DAR UM PUXÃO DE ORELHA NO PREFEITO DESTRAMBELHADO





No último sábado, o deputado federal Francisco Praciano, ao discursar durante confraternização do aniversário do prefeito de Iranduba, Xnaik Medeiros, aproveitou a oportunidade e, de uma forma sutil, deu um puxão de orelha no prefeito destrambelhado. Começou contando a história da Revolução dos Bichos, do escritor do George Orwell

“Escrita em plena Segunda Guerra Mundial e publicada em 1945 depois de ter sido rejeitada por várias editoras, essa pequena narrativa causou desconforto ao satirizar ferozmente a ditadura stalinista numa época em que os soviéticos ainda eram aliados do Ocidente na luta contra o eixo nazifascista.
De fato, são claras as referências: o despótico Napoleão seria Stálin, o banido Bola-de-Neve seria Trotsky, e os eventos políticos - expurgos, instituição de um estado policial, deturpação tendenciosa da História - mimetizam os que estavam em curso na União Soviética.
Com o acirramento da Guerra Fria, as mesmas razões que causaram constrangimento na época de sua publicação levaram A Revolução dos Bichos a ser amplamente usada pelo Ocidente nas décadas seguintes como arma ideológica contra o comunismo. O próprio Orwell, adepto do socialismo e inimigo de qualquer forma de manipulação política, sentiu-se incomodado com a utilização de sua fábula como panfleto.
Depois das profundas transformações políticas que mudaram a fisionomia do planeta nas últimas décadas, a pequena obra-prima de Orwell pode ser vista sem o viés ideológico reducionista. Mais de sessenta anos depois de escrita, ela mantém o viço e o brilho de uma alegoria perene sobre as fraquezas humanas que levam à corrosão dos grandes projetos de revolução política. É irônico que o escritor, para fazer esse retrato cruel da humanidade, tenha recorrido aos animais como personagens. De certo modo, a inteligência política que humaniza seus bichos é a mesma que animaliza os homens.
Escrito com perfeito domínio da narrativa, atenção às minúcias e extraordinária capacidade de criação de personagens e situações, A Revolução dos Bichos combina de maneira feliz duas ricas tradições literárias: a das fábulas morais, que remontam a Esopo, e a da sátira política, que teve talvez em Jonathan Swift seu representante máximo”.

Em seguida Praciano deu ao aniversariante o seguinte conselho: "não faça aliança com gente que não presta Xinaik, senão os seus bons propósitos de fazer a diferença na administração de Iranduba, irão por águas abaixo”.
O prefeito da cidade dos sítios arqueológicos se manteve o tempo todo cabisbaixo e escutava atentamente os conselhos do experiente político.
Um grupo que estava no evento, saiu para um canto, e balbuciavam: “não tem conselho que dê jeito nesse prefeito porque ele é um caso perdido”, e em seguida saiu do local.
Pelo andar da carruagem nem os aliados acreditam o prefeito. (Por Paulo Onofre).

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